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Belém tem inflação abaixo da média nacional em 2024, aponta IBGE; veja os números

Alimentação e bebidas foram os principais responsáveis pelo aumento dos preços na capital

Gabi Gutierrez

Em dezembro de 2024, a inflação de Belém foi de 4,70% ao longo do ano, abaixo da média nacional de 4,83%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso coloca Belém entre as cidades com menor variação de preços no país, especialmente quando comparada a São Luís (MA), que registrou a maior inflação, com 6,51%.

Na capital paraense, a variação mensal de preços em dezembro foi de 0,63%, com o setor de "Alimentação e Bebidas" puxando esse aumento, registrando 1,77% em dezembro e 7,93% no acumulado de 2024. Como em todo o país, o aumento no custo de alimentos, como carne, óleo e café, foi um dos principais fatores que impactaram o bolso dos consumidores.

Outros setores importantes, como "Habitação" e "Saúde", apresentaram variações menores. A "Habitação" teve uma queda de -0,58% no mês, mas subiu apenas 1,06% ao longo do ano, enquanto a "Saúde" teve uma leve queda de -0,11% em dezembro e aumento de 4,06% no ano. O aumento em "Transportes" foi de 0,49% no mês e 3,16% no ano, refletindo os custos de combustíveis e passagens.

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Inflação puxada pela alimentação

O grupo "Alimentação e bebidas" foi o principal responsável pela alta dos preços em 2024, registrando um aumento de 7,69% no Brasil. Em Belém, a média acumulada sobressai à nacional, com aumento de 7,93%.

Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercados (ASPAS), comentou como o varejo alimentar foi afetado, principalmente os produtos importados, sendo impactados pelo aumento do dólar.

“No final do ano, itens como azeite, bacalhau e outros produtos típicos dessa época, que dependem do câmbio, sofreram aumentos e influenciaram o preço final para o consumidor", explicou Portugal.

Além da lista acima, Jorge Portugal também destaca o aumento em produtos da cesta básica como: óleo de soja, café e carnes. “De setembro para cá, acumularam um aumento de mais de 25% no preço final", pontuou Portugal.

Nacional

Em 2024, o IPCA ficou em 4,83%, superando os 4,62% registrados no ano anterior. Embora dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) acima ou abaixo da meta de 4,5%, o índice reflete pressões inflacionárias significativas em setores-chave da economia.

São Luís, no Maranhão, liderou a lista com a maior inflação do país, registrando 6,51%. Analistas apontam que os principais fatores foram o aumento nos preços da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). Em contrapartida, Porto Alegre teve a menor variação, de 3,57%, influenciada pela redução nos preços de produtos como cebola (-42,47%), tomate (-38,58%) e passagens aéreas (-16,94%).

A maior contribuição para o IPCA nacional veio do grupo "Alimentação e bebidas", com alta de 7,69%, seguido pelos grupos "Saúde e cuidados pessoais" e "Transportes". Entre as cidades pesquisadas pelo IBGE, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, devido ao peso econômico dessas regiões, tiveram maior impacto no índice nacional.

 

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