Belém tem aumento de 2,10% nos preços de produtos de limpeza
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, inflação em produtos como amaciante e desinfetante estão acima da média nacional
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, inflação em produtos como amaciante e desinfetante estão acima da média nacional
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Belém apresentou uma alta de 2,10% em artigos de limpeza no mês de março. A pesquisa mede a inflação de conjuntos de produtos e serviços comercializados em todo o território nacional. Esse número ficou acima da média nacional, que foi de 1,28%.
Entre os itens que mais tiveram aumento nos preços estão amaciante e alvejante, com 5,17%, e desinfetante, com 4,08%. Esses crescimentos também ficaram acima da média nacional, que foi de 0,87% e 2,04%, respectivamente. Outros produtos que também apresentaram aumento na capital paraense foram: água sanitária, com 2,55%; detergente, com 1,96%; e sabão em pó, com 0,34%.
Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), avalia que o aumento dos preços seguiu o crescimento esperado dentro da inflação. “Foi um aumento que não teve impacto nas vendas, por exemplo. Não foi tão expressivo quanto os produtos importados, por causa do câmbio, ou de itens como café, leite ou óleo de soja”, explicou.
Além dos produtos de limpeza, a capital paraense também registrou aumento em alimentação e bebidas, com 3,91%, e em saúde e cuidados pessoais, com 2,38%.
Marco Antônio Cidon, morador do bairro do Marco, em Belém, percebeu o aumento de preços nas compras em comparação ao ano de 2024. Para o policial militar, esse aumento também impactou outros itens de manutenção da casa. “No supermercado, você está gastando bem mais do que gastava no ano passado. O aumento está sendo geral”, pontuou.
Ele também explica que uma das formas de diminuir os gastos durante as compras é variar os locais de venda dos produtos. “A gente sempre tenta pesquisar os lugares mais baratos, observar os supermercados que têm os preços mais em conta e fazer as compras, geralmente, nesses locais”, explicou.
Alzerinda Braga, de 66 anos, também acredita que alternar a compra dos produtos em mais de um estabelecimento é uma boa estratégia para economizar, mas ressalta que a maior parte dos preços continua na mesma faixa. “Tenho notado que essa variação nos preços é relativa, porque a gente precisa estar no lugar certo na hora certa, quando tem promoção. Fora isso, os preços se equivalem. Uma coisa é mais barata, outra é mais cara, e assim vai”, disse.
Responsável pelas compras da casa que divide com a sobrinha no bairro do Guamá, ela também avalia que, às vezes, o custo de deslocamento até outro mercado mais distante, com carro próprio ou outros meios de transporte, não compensa a economia obtida com o preço mais baixo do produto.
Percebendo a redução na quantidade de produtos nas embalagens, somada ao aumento dos preços, Alzerinda também procura mudar as opções de compra, optando por marcas com valores menores ou com um bom custo-benefício. “Eu vou procurando o que está mais em conta naquele momento. Ando pelo supermercado, olho todos os preços e escolho o que vale a pena. Gosto da Qboa (água sanitária), que sempre uso, mas tenho testado outros produtos e eles se equivalem em muitas coisas”, concluiu.