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Belém deve ganhar rota turística da cerveja para potencializar o turismo gastronômico na região

A proposta é que o circuito da programação inclua passeio de barco pelas ilhas de Belém, visitas a restaurantes das ilhas, degustações, atrações musicais, entre outros

O Liberal

Visando fomentar o turismo cervejeiro e gastronômico no Estado, Belém ganhará a rota turística da cerveja do Pará. A programação da rota incluirá passeio de barco pelas ilhas da capital paraense, visitas a restaurantes das ilhas, degustações, atrações musicais, além de visita guiada pela fábrica da Cerpa (Cervejaria Paraense SA). A proposta foi apresentada pelos dirigentes e equipe de marketing da cervejaria, na quarta-feira (30), e contou com participação da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e associados da  Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV-PA).

A proposta é atrair turistas, a exemplo do que já ocorre em cidades como Blumenau, Curitiba e Campos do Jordão. Durante a apresentação, o projeto foi dividido em análise de realidade dos clientes (com desafios enfrentados pelos estabelecimentos e consumidores); o plano de criar uma rota turística cervejeira única (com alternativas fluviais e terrestres e opções de integração de experiências urbanas e ribeirinhas ao projeto) e o plano de ação (com alguns passos concretos pata implementação da rota). Um dos principais desafios é atrair o turista durante os dias de semana, conforme detalhado na ocasião.

Experiência

Jorge Kowalski, CEO da Cerpa, explica que os objetivos são mostrar a produção, história e qualidade da cerveja produzida no Pará, além de desenvolver o turismo. “A visita à fábrica é uma experiência única e uma oportunidade para também gerar vendas para nossos clientes, mas queremos estender ao nosso ponto de vendas, onde o turista vai poder experimentar a cerveja gelada, a comida, ter o acolhimento e a música, oferecendo um pacote turístico como uma atração, uma experiência completa. Todo turista que chega em Belém busca uma experiência e nós queremos ser uma dessas experiências”, afirma.

“É uma oportunidade de desenvolver o turismo, levando os turistas a visitarem restaurantes, bares e hotéis nas ilhas, que lotam durante ao final de semana, mas que em outros dias têm problemas de tráfego, transporte e lotação. Então, essa iniciativa, surge como uma forma de facilitar o fluxo aos clientes todos os dias, aos trabalhadores, executivos, turistas, amigos, que ao final do dia saindo do trabalho querem ir a um point, a um bar ou a algum restaurante”, reforça Kowalski.

Rota cervejeira

Os pacotes da rota devem ter duração de 3 a 4 horas. “A partir das 17h-18h, onde o cliente com segurança vai ser levado pela cervejaria para os melhores pontos com vendas de cerveja, com uma experiência completa, na qual um guia vai explicando a história dos locais,  mostrando a história da Cerpa, e que depois vá chegar ao ponto de venda já com sua mesa reservada, consumir, se divertir e assim fazer um pequeno tour cervejeiro”, sinaliza o CEO.

Para o presidente da ABAV-Pa, Alex Silva, “é muito importante essa iniciativa de também incluir essa questão da cerveja em uma cidade que já é mundialmente reconhecida pela gastronomia". "A gente vê com muita expectativa e com muita alegria essa nova ideia da Cerpa, tem tudo para dar certo. A Cerpa é a cara do paraense, é um produto da casa, um produto muito interessante de se vender e acredito que vá dar muito certo”, acrescenta. Dez agências de viagens de turismo receptivo estiveram presentes na apresentação. 

Oportunidade

Segundo a diretora de produtos turísticos da Setur, Alessandra Pamplona, a Secretaria pode contribuir na estruturação do novo produto que a Cerpa pretende operar, prestando uma consultoria técnica qualificada. "Afinal essas ações cooperadas são uma oportunidade para fazer a máquina do turismo girar. Essa tendência de cervejarias como atrações turísticas está crescendo no mundo inteiro”. 

"A fábrica abre suas portas para visitas, degustações e experiências interativas, transformando a produção de cerveja em uma verdadeira atração. E o público tem a oportunidade de conhecer todo o processo daquele produto que já consome. Sem contar com o diferencial nesse caso aí, que é a localização privilegiada dessa fábrica, uma janela para o rio no meio da Amazônia", completa a diretora.

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