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Banco que tem como acionista Grupo Mônaco é investigado pelo Banco Central por ligação com PCC

O Banco Central abriu um inquérito para apurar uma possível participação do banco em um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme revelado por investigações do Ministério Público de São Paulo.

O Liberal

O Banco Central está investigando o Banco Luso Brasileiro por suspeita de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). A apuração, divulgada inicialmente pelo UOL, foi confirmada pelo Ministério Público de São Paulo, que aponta que a instituição financeira, adquirida pelo Grupo Mônaco, teria depositado mais de R$ 20 milhões em 2015 na conta da MJS Participações Ltda., uma holding cujo sócio era Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e dirigentes da empresa de ônibus Transwolff. A Transwolff é acusada de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para o PCC.

O Grupo Mônaco, de propriedade do empresário Rui Denardin, está diretamente envolvido nas investigações sobre o Banco Luso Brasileiro, adquirido por Denardin através do conglomerado. O Banco Central abriu um inquérito para apurar uma possível participação do banco em um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme revelado por investigações do Ministério Público de São Paulo.

O Grupo Mônaco, cujo CEO acumula diversos processos judiciais, incluindo condenações por fraudes com recursos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), está agora sob investigação devido às atividades do Banco Luso Brasileiro. O banco é suspeito de ter depositado, em 2015, mais de R$ 20 milhões na conta de uma holding chamada MJS Participações Ltda., ligada à empresa de ônibus Transwolff, acusada de lavar dinheiro para a facção criminosa. 

De acordo com o Ministério Público, os depósitos foram feitos com a intenção de alavancar o capital da Transwolff, permitindo sua participação em uma licitação da Prefeitura de São Paulo. Em 2015, o capital social da empresa passou de R$ 1 milhão para R$ 55 milhões, possibilitando que ela atendesse aos requisitos financeiros para participar do processo licitatório. A investigação encontrou indícios de que os recursos foram obtidos por meio de depósitos fracionados, conhecidos como "smurfing", uma técnica de lavagem de dinheiro que visa dificultar a identificação das transações ilícitas.

A MJS, incorporada à Transwolff em 2019, não tinha funcionários nem realizou atividades operacionais, o que sugere, segundo o Ministério Público, que sua criação foi feita exclusivamente para mascarar a origem do dinheiro aportado na empresa. A documentação sobre o caso foi enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Banco Central.

Procurado pela redação do UOL, o Banco Luso Brasileiro declarou que não teve acesso às investigações e que só soube da apuração por meio de reportagens da imprensa. O Banco Central, por sua vez, optou por não comentar o caso. Caso a investigação confirme as irregularidades, o Banco Luso Brasileiro pode perder sua licença para operar no Brasil.

Com informações do UOL, Metrópoles e Diário do Centro do Mundo.

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