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Banco Central interrompe quedas e mantém Selic em 10,50% ao ano

Manutenção era a expectativa majoritária do mercado financeiro

Estadão Conteúdo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve nesta quarta-feira (19/06), a Selic em 10,50% ao ano por unanimidade. A decisão interrompe uma sequência de sete cortes consecutivos da Selic, iniciados em agosto de 2023, com 0,50 ponto porcentual.

A manutenção em 10,50% era a expectativa majoritária do mercado financeiro (43 de 50 instituições, ou 86%) em pesquisa Projeções Broadcast. Segundo o levantamento, a decisão seria unânime para 20 de 29 casas (69%).

Esse cenário ganhou corpo diante da piora de percepção do quadro fiscal brasileiro, do aumento das expectativas de inflação e do reforço pelos integrantes do Copom do compromisso com as metas estabelecidas. A mediana do mercado para a taxa Selic no fim de 2024 era de 10,50% na pesquisa do último dia 23.

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As projeções oficiais do Banco Central para a inflação voltaram a subir, conforme o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom). No cenário de referência, que utiliza câmbio conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus, o BC alterou a projeção do IPCA de 2024 de 3,8% para 4,0%. Para 2025, a atualização foi de 3,3% para 3,4%.

Também considerando o cenário de referência, a autarquia atualizou no Copom as projeções para os preços administrados. Em 2024, a estimativa passou de 4,8% para 4,4%. Já em 2025, manteve-se em 4,0%. Nesse cenário, o BC considera ainda que o preço do petróleo deve seguir aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passar a aumentar 2% ao ano na sequência. Também adota a hipótese de bandeira tarifária "verde" em dezembro de 2024 e 2025.

No dia 8 de maio, o Copom confirmou o abandono do forward guidance da reunião anterior e decidiu reduzir a Selic em 0,25 pp, de 10,75% para 10,50% ao ano. A decisão foi dividida (5 votos a 4, com todos os indicados do presidente Lula favoráveis a um ritmo maior, de 0,5 pp).

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