Aumento no preço das frutas natalinas deixam a ceia de Natal mais cara em Belém; aponta Dieese
Os valores dos produtos estão sofrendo impacto direto da alta do dólar
Faltando cerca de três semanas para o natal, os aumentos nos preços das frutas de época natalina, principalmente as importadas, vão contribuir decisivamente para a compra dos produtos para a Ceia de Natal dos paraenses em 2021.
No caso específico das frutas de época importadas, o preço ao consumidor está sofrendo impactos diretos da alta do dólar em relação ao mesmo período do ano passado. Atualmente, o dólar está sendo cotado em torno de R$ 5,60.
De acordo com pesquisas feitas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/ Pa), realizado no final de novembro, mostram a tendência de alta destes produtos. A pesquisa teve como base os preços de frutas de época, nacionais e importadas, comercializadas nas maiores redes de supermercados da Grande Belém. A conclusão é que os aumentos nos últimos 12 meses, foram quase generalizados, com percentuais bem superiores à inflação que gira em torno de 11,5% para o mesmo período.
Entre as frutas de natal importadas que estão sendo comercializadas nos supermercados de Belém que apresentaram os maiores reajustes de preços nos últimos 12 meses, estão:
Ameixa seca sem caroço (kg): comercializado, em média, a R$ 56,02 com um reajuste acumulado de 59,37%
Amêndoas c/casca (kg): comercializado com o preço médio de R$ 23,16 com um reajuste acumulado de 40,45%
Maçã verde importada (kg): custando, em média, R$ 16,82 com um reajuste acumulado de 32,55%
Pêra D’anjour (kg): comercializado, em média, a R$ 14,66 com um reajuste acumulado de 12,42%
Maçã Argentina (kg): custando, em média, R$ 15,74 com um reajuste acumulado de 11,24%
Nozes com casca (kg): custando, em média, R$ 46,53 com um reajuste de 5,87%
Passas Escuras sem semente (kg): custando, em média, R$ 20,73 com um reajuste de 2,42%
O levantamento do Departamento Intersindical aponta também que outros produtos de época já estão à disposição dos consumidores com preços bastante elevados, como é o caso da castanha portuguesa, damasco seco turco, figo, tâmara e as uvas importadas.
(Por Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política)