Às vésperas da Páscoa, procura por ovos de chocolate é alta nos supermercados
Apesar do fluxo mais intenso, consumidores estão insatisfeitos com preços altos
Apesar do fluxo mais intenso, consumidores estão insatisfeitos com preços altos
O movimento nas seções de chocolates dos supermercados de Belém foi intenso na manhã da Sexta-Feira Santa (18). Apesar da movimentação, muitos consumidores se mostraram insatisfeitos com o valor dos ovos de Páscoa, mas optaram por seguir a tradição de presentear os familiares e entes queridos com chocolates. A celebração é considerada a sexta data comemorativa mais relevante do calendário do varejo nacional.
A diarista Maria Eliana Farias conta que a ida ao supermercado foi motivada pela vontade de comprar os ovos de chocolate para presentear todos os oito netos. Com a correria do dia a dia, a diarista afirma que não teve tempo de pesquisar os valores em outros locais e deixou para fazer isso em cima da hora. “Eu trabalho todos os dias, não dá tempo. Este ano está mais caro [o ovo de chocolate], mas eu tenho que comprar para cada neto”, declara.
Devido à quantidade de produtos e aos aumentos observados, Maria Eliana também diz que o fator principal a se considerar no momento da compra é o valor. “Eu fui no mais em conta, porque eu sou realista, além de que muito chocolate também faz mal para a criança. Então, vou levando uns ovos menores, só para dizer que não deixei de dar ovo de Páscoa para os meus netos”, revela a diarista.
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Já Helen Ruth, psicóloga, afirma que não tem muita preocupação em comprar ovos de Páscoa porque todos na sua família já são adultos. No entanto, para não perder o costume, ela decidiu dar uma passada no supermercado e levar um agrado para os filhos. “Foi de improviso mesmo. Tem adulto e um adolescente na família, mas é pela tradição. Eles adoram ovo de Páscoa, então é simbólico, na verdade. A gente faz questão porque é uma vez no ano, então compensa levar”, relata. A psicóloga também avalia que os preços estão mais altos neste ano e que, apesar de ser véspera da celebração, não conseguiu encontrar nenhuma promoção e percebeu que os preços “estão iguais aos de uma semana atrás”.
Enquanto isso, a administradora Rosana Barros ficou encarregada de comprar um ovo de Páscoa para a sogra. “Eu olhei super rápido pela internet, mas vim à loja porque eu acho melhor para ver pessoalmente, dá para pegar. Geralmente, tem mais promoções do que logo no início, que normalmente é muito caro”, detalha.
Na outra ponta, Renata Moura, coordenadora de vendas de uma marca de chocolates, explica que as vendas começam a se intensificar às vésperas da Páscoa. “A gente percebe que o cliente realmente deixa para os três últimos dias. Até quinta-feira, a margem de venda era de 16% a 20%, mas na sexta já bate 80%”, conclui.