Área de segurança digital está em alta no mercado; salários podem chegar a R$ 45 mil
Segurança dos sistemas de TI e proteção das informações das empresas apareceram entre as principais prioridades estratégicas dos CIOs para 2022
Em meio ao grande número de ataques hackers no mundo, estudos mostram que a proteção de informações está entre as principais prioridades estratégicas dos CIOs (nome dado para diretores, superintendentes e gerentes de TI) para 2022. As informações são do portal Exame.
Cada vez mais frequentes, os ciberataques vêm preocupando empresas e órgão governamentais de todo o mundo. Microsoft, Samsung, Americanas, Sebrae e Mercado Livre são apenas alguns exemplos de grandes organizações que tiveram seus sistemas invadidos por criminosos desde o começo do ano.
No final de março, o site do Tribunal Regional Federal da 3ª região (TRF-3), que abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul, foi invadido por hackers. Uma semana após o ataque, os serviços ainda não tinham sido reestabelecidos.
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Mas este tipo de ataque não é de hoje. Segundo um levantamento da consultoria alemã Roland Berger, o Brasil foi o quinto país mais afetado por crimes cibernéticos no mundo em 2021. Apenas no primeiro semestre do ano passado, o país registrou 9,1 milhões de ocorrências de ataques do tipo “ransomware” (quando os cibercriminosos restringem o acesso ao sistema e cobram resgate em criptomoedas para que seja restabelecido).
Segurança digital no mercado de trabalho
Para ter ideia, a segurança dos sistemas de TI e proteção das informações das empresas apareceram entre as principais prioridades estratégicas dos CIOs para 2022 no último Guia Salarial da Robert Half, empresa global de consultoria de recursos humanos.
O documento também mostra que, com a crescente demanda por esse tipo de profissional dentro das empresas, a remuneração oferecida para estas vagas também é bastante competitiva: com os salários começando em na casa dos R$ 5 mil para cargos de entrada e podendo ultrapassar os R$ 45 mil mensais no caso de profissionais mais experientes.
Como se especializar em direito digital e cibersegurança?
Por conta da grande demanda na área de atuação em segurança dos sistemas de TI e proteção das informações , um profissional de segurança cibernética pode se aproveitar dos mais variados tipos de formação no nível de graduação.
Para Altair Santin, líder do grupo de cibersegurança e privacidade do CNPq e professor da pós-graduação de informática da PUC-PR, o ideal é fazer uma graduação em segurança da informação ou cibersegurança. “O problema é que temos pouquíssimos cursos disponíveis nesta área no Brasil. Outra alternativa é se graduar em ciência da computação. No curso, o estudante terá uma disciplina de segurança apenas. Mas depois você pode se especializar. É um caminho mais longo e menos integrado e focado, mas possível”, pondera.
(Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.)
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