Alta do dólar é contida por leilões de linha antes de Fed e Copom
O dólar opera em alta ante o real na manhã desta quarta-feira, 19, após acumular perdas de 3,08% nas últimas seis sessões. A valorização externa da divisa americana estimula uma demanda cambial defensiva, por incertezas sobre as sinalizações que virão nos comunicados de política monetária do Federal Reserve e do Copom.
Porém, a desvalorização do real é contida porque o Banco Central deve realizar dois leilões de linha simultâneos, com oferta total de até US$ 2 bilhões, das 10h30 às 10h35. O Banco Central já deixou programado também outros dois leilões semelhantes para amanhã, de até US$ 2 bilhões, visando a rolagem do vencimento de 2 de abril, dando previsibilidade aos negócios.
Para o desfecho do Copom, após o fechamento dos mercados, economistas esperam uma terceira alta consecutiva de 1 ponto porcentual da Selic, a 14,25% ao ano, e um comunicado mais suave reconhecendo desaceleração da economia e a depreciação do real não é descartado. Economistas dizem que a autarquia precisará de mais dados para ensaiar o fim do ciclo de aperto, mas deve reduzir o ritmo das elevações.
Em Nova York, a moeda americana e os retornos dos Treasuries avançam moderadamente com a espera também pela decisão de juros do Fed (15h), que poderá manter taxas inalteradas em 4,25% a 4,50% ao ano. As atenções estarão no gráfico de pontos e na entrevista coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell (15h30).
Os contratos futuros do petróleo reduziram perdas após notícia de que a Rússia lançou uma série de ataques com drones contra a Ucrânia, um dia depois de aceitar um acordo de cessar-fogo limitado. Já as Forças Armadas da Ucrânia atacaram uma instalação de energia da Rússia, na região de Kuban.
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