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Aeroporto de Belém quase dobrará sua capacidade de passageiros após obras de modernização

Com previsão de entrega para setembro do ano que vem, as intervenções buscam ampliar áreas do terminal e melhorar infraestrutura

Elisa Vaz

O fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional de Belém deve quase dobrar após as obras de requalificação e modernização do terminal, que já estão em andamento. Desde setembro do ano passado, o empreendimento é administrado pela concessionária Norte da Amazônia Airports (NOA), que iniciou a execução de investimentos da Fase I-B do contrato de concessão firmado no ano passado com o governo federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).

Embora a Pasta não tenha dado retorno à demanda enviada pelo Grupo Liberal, o Ministério do Turismo (MTur) informou que, ao fim das obras, previstas para serem entregues em setembro de 2025, a capacidade do aeroporto chegará a 7,7 milhões de passageiros por ano. Para se ter uma ideia, em 2023, o terminal registrou o embarque e desembarque de 3,6 milhões de viajantes, e a expectativa é de ultrapassar os 4 milhões neste ano, segundo o órgão. Caso isso se concretize, o aumento na capacidade do terminal será de mais de 90%.

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Atualmente, ressaltou o MTur, o Aeroporto de Belém atende cerca de 100 operações diárias, somando 700 pousos e decolagens por semana e 2,8 mil operações mensais. A média de viajantes é de 11.200 passageiros por dia, incluindo embarques, desembarques e conexões em voos nacionais e internacionais.

Melhorias

As obras da NOA, nesta fase, preveem diversas mudanças. Em nota, a concessionária disse à reportagem que as intervenções começaram neste semestre e que os investimentos contemplam “melhorias no fluxo de passageiros, ampliação da capacidade de atendimento, instalação de novo sistema de climatização, expansão da área comercial, além de intervenções para incrementar a eficiência e a segurança operacional”. Outras informações sobre o projeto, segundo a empresa, serão divulgadas oportunamente.

Em entrevista exclusiva à reportagem, o ministro do Turismo, Celso Sabino, enfatizou que os investimentos somam mais de R$ 400 milhões. “Os trabalhos já começaram, já é possível verificar que estão em andamento, a todo vapor e dentro do cronograma estabelecido. Estão sendo construídas novas áreas, mais salas VIP, aumento na parte de comércio e melhoria na infraestrutura. O aeroporto terá capacidade para atender mais de 7 milhões de pessoas”, pontuou.

Além da ampliação das instalações, o acordo também prevê mais posições para estacionamento de aeronaves, proporcionando o aumento de voos por parte das companhias aéreas e também o incremento da movimentação cargueira. Conforme Sabino detalhou, com exclusividade, hoje existem 16 lotes na base aérea para receber aeronaves de autoridades, e a ideia é atingir a marca de 85 lotes. Esta também é uma preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro do ano que vem, em Belém.

Recordes

Por meio dos esforços do governo federal, como o programa “Conheça o Brasil: Voando”, também em parceria com o Mpor e as companhias aéreas, a capital paraense está sendo beneficiada e o aeroporto registrou alguns recordes. Em maio deste ano, o terminal teve o maior movimento de sua história, com um crescimento de 12% na movimentação mensal.

Já nos primeiros cinco meses de 2024, o aeroporto movimentou 1,5 milhão de passageiros, também um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em junho, o empreendimento superou a marca de 420 mil passageiros, entre embarques e desembarques, um recorde para o mês, só superado pelo mês de outubro, por conta da festividade do Círio de Nazaré.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou que os resultados são frutos de muito trabalho do governo federal. “Estamos trabalhando muito, a região Norte está em evidência e o Pará está puxando isso. Pensando nisso, estamos trabalhando para ampliar a malha aérea para Rio, São Paulo e Nordeste, por exemplo. Nós aumentamos a malha aérea internacional, com voos que passaram a ser diários, e estamos buscando novos destinos”, adiantou.

O que também tem motivado a alta no turismo local, de acordo com o ministro, é o estímulo que tem sido feito pelo governo federal em relação à cultura amazônica. Ele citou, por exemplo, o investimento recente em festivais, como o de Parintins, Çairé e o São João, que teve a festa “Pararraiá” em junho no Pará, em uma parceria com o governo do Estado.

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