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Adepará estabelece novas regras para evitar disseminação da "Vassoura-de-Bruxa da Mandioca" no Pará

A doença, que já afetou o Amapá, foi o motivo para a declaração de estado de emergência fitossanitário naquele estado por um período de um ano.

Gabi Gutierrez

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) publicou no Diário Oficial do Estado, nesta quinta-feira (6), uma portaria com medidas voltadas à prevenção, controle e não disseminação da praga Rhizoctonia theobromae, conhecida como "vassoura-de-bruxa da mandioca". Essa praga, um fungo altamente destrutivo, pode comprometer as plantações de mandioca, um dos principais cultivos da agricultura paraense e base alimentar de muitas famílias da região Norte.

A doença, que já afetou o Amapá, foi o motivo para a declaração de estado de emergência fitossanitário naquele estado por um período de um ano. Embora o Pará ainda não tenha registrado a presença da praga em suas lavouras, a proximidade com o Amapá e o grande porte da produção de mandioca no estado tornaram a adoção de medidas preventivas essenciais.

Segundo a gerência de defesa vegetal da Adepará, o risco de introdução da praga no Pará pode ocorrer por meio do trânsito de material propagativo, especialmente vindo de áreas do Amapá. “A vassoura-de-bruxa da mandioca é uma doença emergente com elevado potencial destrutivo. É uma das ameaças mais importantes para a cultura, mas é possível prevenir sua disseminação com medidas simples como a limpeza de maquinário e ferramentas agrícolas, que podem funcionar como disseminadores de pragas”, afirmou Rafael Haber, fiscal agropecuário da Adepará.

A principal medida da portaria é a proibição da entrada de plantas e partes de plantas hospedeiras da praga provenientes de áreas com ocorrência da doença. Além disso, qualquer trânsito de produtos vegetais de unidades federativas afetadas pela praga deverá ser acompanhado de documentação específica, incluindo o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), com uma declaração adicional confirmando que a origem está livre da praga.

Os fiscais agropecuários estarão responsáveis por monitorar e interromper a entrada de material suspeito de infecção no estado. Caso a carga seja interceptada sem a documentação exigida ou com irregularidades, a carga será apreendida, e os envolvidos serão autuados. A Adepará também solicita que produtores, técnicos e outros profissionais da área de fomento informem imediatamente qualquer sintoma suspeito da doença, como ramos secos, deformação dos caules e brotos fracos, para que o controle oficial seja realizado.

Com a implementação dessas medidas, a Adepará busca proteger a agricultura paraense, garantindo a continuidade da produção de mandioca, um dos pilares da alimentação e da economia do estado.

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