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30,5% das mulheres têm renda comprometida com dívidas, aponta pesquisa

Kamila Murakami / Especial para O Liberal

As mulheres são maioria com a renda comprometida para o pagamento de dívidas com empréstimos bancários. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 30,5% da população feminina enfrenta dificuldades financeiras devido às dívidas com linhas de crédito. 

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A profissional aponta, ainda, o acesso limitado a oportunidades como um agravante da situação. “Hoje a mulher ainda ganha muito menos que o homem, então a gente briga por esse espaço, ainda há essa disputa salarial. Se for um homem e uma mulher, em uma disputa de emprego, a possibilidade do homem ficar é muito maior”, diz a profissional.

Cuidar da casa, dos filhos e ainda ser responsável pelo orçamento familiar. Os cuidados familiares e a necessidade de fazer frente às despesas da casa também comprometem a renda feminina. “A mulher acaba tendo um custo maior em relação à saúde, cuidados familiares, a maternidade da mulher acaba pegando uma parte do seu salário”, frisa Ísis.

Educação financeira

Muitas pessoas enfrentam problemas sérios devido à falta de conhecimento financeiro. A mentora Ísis Ribeiro explica que a organização e a “não vilanização” do dinheiro é fundamental para ter finanças mais equilibradas.

“Eu sempre coloco a falta de educação financeira como um ponto chave. A mulher, muitas vezes, não sabe lidar com as finanças e isso faz com que ela enxergue a sua vida financeira de forma mais clara e enxergar o seu dinheiro”, aponta.

A profissional indica a organização e controle econômico como o melhor caminho para a mudança do cenário de endividamento. “Eu preciso ganhar um pouco mais, criar possibilidades e oportunidades de ganhar mais, mas é preciso ter uma educação financeira. A mulher ainda é taxada como gastadora e isso precisa ‘virar uma chave’ para nós, para isso ser realmente modificado”, alerta.

A universitária Maria Rita, de 21 anos, conta que tem um verdadeiro pavor de ficar inadimplente e com o nome ‘sujo na praça’. Ela conta as técnicas que costuma usar para evitar o problema.

“Não compro mais do que preciso, sempre faço os cálculos do mês para que o dinheiro dê, caso passe, deixo para o outro mês. Uso o meu cartão de crédito só em extrema urgência e evito emprestar para terceiros”, relata.

A jovem diz, ainda, que embora o banco aumente o limite de crédito todos os meses, ela regula o valor que vai usar. “Eu estipulo uma certa quantia no qual posso usar todo mês e não passo disso”, afirma Maria.

5 dicas para se organizar financeiramente:

- Faça um orçamento;

- Monitore as despesas;

- Avalie as formas de crédito que está usando;

- Evite gastos desnecessários;

- Tenha uma reserva para emergências.

Economia