Empreender na maternidade é sinônimo de mulher forte
A luta pela realização profissional e os cuidados com os filhos são fatores de empoderamento e exemplo femininos
"Empreender é ter coragem, saber que nem tudo sairá como o esperado. É quase uma gestação, por mais que se planeje, o inesperado é frequente e muitas vezes é preciso refazer a rota”, a afirmação é de uma mulher, mãe e empreendedora que atua no ramo de cosmético e tem propriedade para falar de dois assuntos frequentes na vida de milhares de mulheres espalhadas pelo mundo: a maternidade e os negócios.
Rita Silveira empreende há 30 anos no ramo de cosméticos e encontrou na atividade a medida certa para conciliar o amor pelo trabalho e a fórmula para criar os filhos. Mesmo com o movimento frenético exigido pela vida, Rita diz que inventava formas para sempre se fazer presente na vida dos seus dois filhos.
“Me fiz presente de muitas formas diferentes: vídeo, telefone, email. Nunca deixei de participar, talvez não do jeito que gostaria, mas me fiz presente. Tenho orgulho por que a minha dedicação e esforço formaram meus filhos (um médico e uma advogada), pude oferecer um futuro promissor para eles e hoje vejo que tudo vale a pena”, pontua a empreendedora.
Rita destaca que o sentimento de realização é possível em decorrência do sonho e esforço que teve para construir o próprio negócio, pois antes disso, ela já trabalhava com o varejo e dando o melhor pelo sonho de outros empresários. Mas chegou um determinado momento em que sentiu a necessidade de colocar em prática o próprio sonho.
“Após a venda da empresa onde eu atuava, houve uma grande mudança, esta mudança foi o empurrão que eu precisava para batalhar e ter o meu próprio negócio. E tudo mudou. Eu gosto de trabalhar com pessoas e sou apaixonada por gente. E faço meus colaboradores sentirem isso. Quero poder empregar pessoas e contribuir para o crescimento delas”, destaca Rita Silveira, proprietária da Estação Cosméticos.
Rita ressalta que o principal segredo para ser bem sucedida, tanto nos negócios como também na criação dos filhos, é o amor e o esforço, pois por meio do empreendedorismo conseguiu uma base tanto para proporcionar uma boa educação aos filhos e também de se sentir realizada como mulher.
“Faça o que fizer, faça com amor que tudo sempre valerá o sacrifício. Ensinei meus filhos que tudo que vale a pena requer sacrifício. Não use atalho”, pontua Rita Silveira.
Empresária mostra a importância do trabalho para a filha
Brenda Caroline de Souza Vasconcelos, 27, também é empreendedora e atua no ramo de alimentos. Ela diz que trabalhar ajuda a ser uma mãe melhor, mas ela faz questão também de exaltar a rede de apoio que recebe do marido e de demais integrantes da família.
“Eu tenho uma rede de apoio fantástica do pai e da sogra que me ajudam a ter uma maternidade mais leve, que apoiam o meu trabalho, que me dão força todos os dias. Então, eu sou uma mãe melhor graças ao meu trabalho, graças à minha rede de apoio”, pontua Brenda.
Mas em meio aos seus negócios com a venda de bolos, doces e demais especialidades, Brenda ainda é criadora do projeto “Por elas”, que começou na mesa de sua casa durante um encontro com algumas amigas. Ela enxergou naquela oportunidade um potencial gigantesco de mulheres que tinham seus próprios negócios e que poderiam se ajudar.
“Aí eu comecei a adicionar no grupo do Instagram todas as minhas amigas que tinham loja, que tinham empresas. Lá temos médicas, temos dentista, temos todos os serviços de mulheres, temos lojas de roupa, de sapato de bolsa, de joia, de semijoia, maquiadora, manicure, todas as profissões, todos os trabalhos. E dentro do grupo a gente se ajuda, a gente se divulga, a gente fecha parcerias. É um cooperativismo de mulheres empreendedoras”, explica sobre o projeto.
Para além do financeiro, Brenda diz que o projeto é uma troca de conhecimento, sobre a maternidade, sobre relacionamento, sobre a vida. “Tudo está conectado de uma forma muito incrível”, pontua a jovem empreendedora, mãe da Heloísa.
“O empreendedorismo é para mim a chave onde eu posso mostrar para minha filha que ela pode ser tudo que ela quiser, que ela pode ser a dona do próprio nariz, do próprio negócio e fazer o seu próprio dinheiro. Eu não tenho carteira de trabalho, nunca tive interesse. Sempre trabalhei. Então a minha filha vai ter dentro de casa um exemplo de uma mulher forte. De uma mulher que luta todos os dias por aquilo que ela acredita. De uma mulher que faz acontecer”, finaliza Brenda.
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