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Dia da Mulher Negra: data celebra a luta e resistência feminina preta no mundo

Celebrado em 25 de julho, o dia destaca a importância da luta das mulheres negras na história da sociedade

Gabriel Bentes

Celebra-se em 25 de julho o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, é também comemorado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em homenagem à brasileira Tereza de Benguela, símbolo de resistência no país durante o século XVIII.

Para muito além de um mero dia no calendário, está é uma data para reflexão e movimentação política, que se baseia em décadas de luta e resistência de mulheres negras.

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Uma das muitas mulheres negras invisibilizadas pela história oficial, Tereza vem ganhando mais notoriedade sobre sua trajetória. Sua história, no entanto, é pouco conhecida, e muito do que se sabe sobre ela parte da oralidade que mulheres mais velhas que guardaram lembranças sobre Benguela e transmitiram informações sobre ela. Como líder, Tereza cuidava dos doentes e oferecia abrigo a negros escravizados, indígenas e brancos fugitivos. Ela organizou um sistema parlamentar e resistiu por cerca de 37 anos.

Conhecida como Rainha Tereza, ela é uma referência importante para as mulheres de Vila Bela, onde existe o grupo intergeracional Coletivo Herdeiras do Quariterê. Duas décadas antes da instituição da data em sua homenagem, Tereza ganhou destaque no carnaval carioca de 1994, como tema do desfile da escola de samba Unidos do Viradouro, com o enredo "Tereza de Benguela, uma rainha negra no pantanal". Em 2020, também foi homenageada no enredo da Barroca Zona Sul, no carnaval de São Paulo.

(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de Oliberal.com)

O Liberal