Como proceder em registro de boletim de ocorrência de desaparecidos? Entenda

Ter um familiar ou amigo desaparecido é uma das piores dores que o ser humano pode sentir, e uma das formas de aliviar a angústia e esperança pelo reencontro é notificar o caso às autoridades mais próximas. 

Durante o registro do caso, é essencial  fornecer a maior quantidade de informações possíveis, e ainda, recorrer o mais rápido possível às entidades responsáveis. Segundo a delegada Maria Lúcia, da Polícia Civil, esperar pelas 24 horas do desaparecimento não é algo necessário. “Primeiramente, é importante estar tranquilo para passar informações corretas e claras às autoridades. Você deve reunir informações, documentos e fotografias para registrar o boletim de ocorrência”, explicou. 

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Outro fator importante é saber as principais características da pessoa, como altura, cor da pele, peso, cor dos olhos, cabelo e cor da roupa em que a pessoa foi vista pela última vez. Histórico de doenças físicas ou mentais, acesso a redes sociais, aplicativos ou relacionamentos também são fundamentais para a investigação do caso. 

Lúcia ainda completa que o registro pode ser feito em qualquer delegacia, já que todas devem investigar o caso a partir do depoimento de familiares. “Assim que você perceber que o familiar desapareceu, compareça à delegacia mais próxima e faça o registro imediato”, disse. 

É apenas a partir do recebimento de informações e dados do desaparecido (a), bem como do registro do boletim de ocorrência, que a delegacia responsável pela busca aciona uma rede de informações no sistema e demais órgãos, como o IML e hospitais para verificar o paradeiro da pessoa desaparecida. 

Enquanto ao número de casos de desaparecidos na região, a profissional diz que possui muitos casos em abertos e que, felizmente, a cada ano o número não ultrapassa sequer meio por cento das ocorrências que são registradas. Se você notar o desaparecimento de um familiar, conhecido ou amigo, notifique a família e os órgãos responsáveis para iniciar o andamento da busca e, com esperança, encontrar o desaparecido. 

(Beatriz Moura, estagiária sob supervisão do editor de OLiberal.com, Felipe Saraiva)