O que é 'teste captcha'? Mecanismo diferencia robôs de humanos; veja a origem e como funciona
Um dos primeiros testes para diferenciar computadores de humanos foi criado por Alan Turing, em 1950

O CAPTCHA é uma das formas encontradas pelos desenvolvedores e programadores de sites para que robôs não se passem por humanos e possam atingir a segurança do ambiente virtual. O método mais comum é o reCAPTCHA, em que o teste consiste em clicar numa caixa de diálogo escrita "eu não sou um robô".
Acontece que o clique em si não tem importância, o que vale mesmo é como o usuário faz para movimentar o mouse e chegar até a caixinha. No caso de um computador, ele levaria a seta apenas com movimentos em linha reta, enquanto os humanos realizam o caminho com movimentos mais orgânicos e naturais.
VEJA MAIS
O que é e como surgiu o CAPTCHA?
A sigla CAPTCHA é uma abreviação para "Completely Automated Public Turing Test to Tell Computers and Humans Apart (em Português: “teste público de Turing completamente automatizado para distinguir computadores e pessoas”), em que Alan Turing é considerado por muitos como o pai da computação e desenvolvedor de um dos algoritmos que mudaram o rumo da história da humanidade, programado durante a Segunda Guerra Mundial.
Na versão de 1950, as pessoas que tinham que fazer a distinção se estavam interagindo com um humano ou com uma máquina. Hoje em dia, são as plataformas virtuais que precisam fazer essa diferenciação.
O site que disponibiliza o CAPTCHA, na verdade, está monitorando os movimentos antes do clique, em que chegar até a caixinha é o diferencial entre você e um robô.
Até hoje é um dos métodos mais eficazes para diferenciar bots de humanos. Ele foi desenvolvido pelo Google, em 2014 e é baseado apenas no comportamento do usuário na plataforma.
Mas no início dos anos 2000, era comum as pessoas se depararem com letras e números distorcidos, em que apenas humanos poderiam resolver o "desafio". Acontece que houve avanços na computação, principalmente com desenvolvimento de programas e aplicativos com técnicas de visão computacional que passaram a identificar e reconhecer as imagens, fazendo com que máquinas também resolvessem o problema. Essa versão do teste deixou de ser utilizada, pois as imagens ficaram difíceis até para os humanos.
Uma versão mais atualizada foi lançada em 2018, em que nem é necessário utilizar a caixinha de imagem ou com a frase "Eu não sou um robô", pois o site monitora e analisa todos os movimentos realizados na página por meio do reCAPTCHA v3. Assim, ele já vai determinar se você é ou não um robô.
Situação hipotética
Uma suposta pessoa tenta fazer login com usuário e senha, mas tenta centenas de vezes até acertar a combinação. Ela publica milhares de reviews e comentários dos produtos. Neste caso, é provável se tratar de um robô.
É diferente de um humano que acessa a plataforma, verificar várias abas e categorias do site, escolhe um produto, compara os preços e características, então realiza a compra. Se trata de uma pessoa cautelosa ou até mesmo indecisa, mas não tem um comportamento robótico e não natural.
Nessa situação, o recCAPTCHA avalia e atribui nota para cada interação do usuário, que vai indicar se ela é mais ou menos suspeita. Caso ele identifique como "comportamento estranho", é provável que o site peça alguma outra forma de ação, como a autenticação em dois fatores. Assim, o site poderá se proteger contra ataques cibernéticos.
Clique aqui se você não é um robô.
(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de Oliberal.com)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA