Veneno de sapo: Saiba como possível causa da morte de bilionário russo é usada para tratamentos
O magnata Alexander Subbotin foi encontrado sem vida após tratamento com o veneno do anfíbio Bufo alvarius
Neste fim de semana, o magnata russo Alexander Subbotin foi encontrado sem vida após realizar tratamento com dois xamãs, em Mytishchi, distante 30 minutos de Moscou. O sapo utilizado para a terapia é o Bufo alvarius, anfíbio mexicano que passa mais da metade do ano vivendo sob o solo e solta substâncias psicoativas quando estimulado.
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O tratamento consiste na realização de um pequeno corte na pele, por onde a secreção que o sapo produz ao ser estimulado, é introduzida. Mike Tyson, ex-lutador de boxe, relata ter usado a substância mais de 50 vezes, sendo três no mesmo dia. Em entrevista para o New York Post, Tyson contou que “morreu” durante a primeira vez que usou.
“Nas minhas viagens, eu vi que a morte é bonita. Vida e morte, ambas tem que ser bonitas, mas a morte tem uma péssima reputação. O sapo me ensinou que eu não vou estar aqui pra sempre. Existe uma data de validade”, explicou o ex-campeão mundial dos pesos pesados, que atualmente tem 55 anos.
A droga presente no veneno do sapo
Apesar de usado em rituais e estudado por cientistas, não pode ser utilizado de forma indiscriminada. A substância presente na secreção é a 5-MeO-DMT e também está presente na Ayahuasca, bebida amazônica tradicionalmente utilizada para fins de ritual religiosos e de cura.
A substância tem um interesse especial pela comunidade científica no tratamento na pesquisa para tratamento de esquizofrenia, depressão e ansiedade, mas ainda são necessários estudos mais amplos. Mesmo assim, a substância é amplamente utilizada no balneário de Tulum, no México, onde o hotel Bufo Alvarius Sanctuary se proclamou “santuário da cura”. O dono, Fernando Carillo, ator venezuelano, costuma dizer “se você não está perfeito, o DMT pode conserta-lo”.
A droga está cercada de controvérsias. Charlotte (nome fictício) em entrevista para a Vice, disse que passou por dias de grande angústia após consumir 100 mg do bufo (nome popular para a droga), em cerimônia, onde não conseguia lidar com tudo que estava acontecendo ao seu redor e não sabia como reagir ou o que estava sentindo. Entretanto, com o passar do tempo, notou mudanças positivas, “eu costumava pensar muito nas coisas, mas agora sou muito mais relaxada”, afirmou Charlotte.
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