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Pavor do trabalho? Conheça a ergofobia e outras fobias e saiba como tratar

O que diferencia o medo da fobia é o nível de ansiedade do paciente, aponta especialista

Rafael Lédo
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O medo é uma reação normal do ser humano, mas o cenário começa a ficar sério quando ele se transforma em fobia e a pessoa passa a ter dificuldades de levar a vida normalmente por conta desse medo exacerbado, já que situações cotidianas são evitadas para não entrar em pânico.

A lista de fobias é grande e é constantemente atualizada pelos especialistas. Como exemplo, tem o medo de andar de avião (aerofobia), medo de altura (acrofobia) e medo do fundo do mar (talassofobia). No caso da ergofobia, os pacientes acabam tendo pavor ao trabalho.

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O que é ergofobia?

A ergofobia é o medo irracional e intenso do trabalho ou de situações relacionadas ao ambiente profissional. Pessoas com essa fobia podem experimentar ansiedade extrema diante da perspectiva de trabalhar, o que pode levar a sintomas físicos, como sudorese, tremores e falta de ar. A condição pode estar associada a experiências traumáticas no ambiente de trabalho, transtornos de ansiedade ou baixa autoestima. O tratamento pode incluir terapia cognitivo-comportamental (TCC), técnicas de relaxamento e, em alguns casos, medicação para controle da ansiedade.

É medo ou fobia?

Algumas fobias até podem parecer inusitadas, como o caso da nomofobia, que consiste no medo de perder o celular ou a nictofobia, o medo do escuro, mas todas devem ser encaradas com seriedade. Os especialistas explicam que as fobias desencadeiam uma "submersão emocional", que impede os pacientes de reagir racionalmente ao medo.

Assim, o que diferencia o medo ou a apreensão da fobia é o nível de ansiedade da pessoa, como aponta a psiquiatra francesa Margaux Dutemple:

"O medo é uma emoção normal. Mas a especificidade da fobia é que esse pavor ficará focado em um objeto ou situação particular. É isso que define o caráter específico da fobia".

Por conta dessa ansiedade causada pela fobia, é comum as pessoas evitarem certas situações para que o pânico não tome conta do emocional. Essa é uma das principais características de que o medo se transformou numa patologia. É a partir desse cenário que as pessoas procuram ajuda, segundo a médica francesa.

“Um exemplo típico é uma jovem que pretende ter filhos, mas tem hematofobia, o medo do sangue. Claro que todo o preparo durante a gravidez e o parto vai gerar uma forte ansiedade. É nessas horas, em geral, que o paciente busca ajuda”, exemplifica a psiquiatra.

Além disso, a médica deixa claro que existem diferentes categorias de fobias, que devem ser analisadas em cada caso. Algumas são direcionadas a objetos ou situações específicas, mas há também os "medos generalizados", que são associados a transtornos psiquiátricos, como a síndrome do pânico, a ansiedade generalizada ou a depressão.

Como tratar fobias?

A especialista explica que os tratamentos não podem envolver mais trauma ao paciente, já que as fobias podem se originar em estresses pós-traumáticos. Assim o tratamento deve ser adaptado para cada pessoa.

“A fobia mais frequente é a social, como o medo de falar em público, ou a agorafobia, que é o medo de espaços abertos, que se traduz no medo de não poder ser socorrido", explica a médica.

Por conta disso é importante vencer o medo exacerbado se expondo a ele, adotando uma terapia específica e gradual, avançando na terapia por níveis, como explica a especialista: "Quem tem medo de altura e tem tontura, por exemplo, poderá subir em uma cadeira para aos poucos se habituar à situação". "Vou colocá-lo em cima da cadeira e passar progressivamente a um nível cada vez mais alto", completa.

Além disso, a médica francesa deixa claro que sempre é tempo para começar o tratamento de fobias: "Mesmo quando começamos a tratar a fobia tarde, podemos curá-la".

Fobias geram doenças?

A psiquiatra explica que as fobias não podem provocar outros problemas de saúde, como a hipertensão, pois os sintomas físicos do medo são suor e taquicardia e são sensações pontuais e temporárias.

No caso de problemas vasculares, eles estão ligados ao estresse crônico, como apontam os estudos científicos.

(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)

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