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Harmonização pode impedir reconhecimento facial em aplicativos? Confira

Procedimento estética altera característica(s) da face. Pesquisador de Segurança Cibernética e Fraude comenta sobre a situação em aplicativos com leitura facial

Gabriel Bentes

A harmonização facial virou tendência nos últimos anos e vem incentivando cada vez mais as pessoas a buscarem esse tipo de procedimento para mudarem alguma(s) característica(s) no rosto. Esse tipo de intervenção altera, por exemplo, linhas de expressão, nariz, boca, bochechas entre outras regiões da face.

O resultado do procedimento, em alguns casos, a pessoa parece até "trocar" de aparência, causando surpresa em quem já estava acostumado com a outra fisionomia. Para além do estranhamento, a harmonização facial pode impedir a leitura do rosto em sistemas de segurança, como a de aplicativos.

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O aplicativo Gov.br, por exemplo, é um dos que utilizam a leitura facial para acesso. Utilizado para vários serviços, como solicitação de documentos oficiais e acesso a notas do ENEM, o app requer tamanha segurança para impossibilitar o acesso de estranhos.

Essa verificação de identidade no aplicativo do Governo Federal proporciona uma camada adicional de segurança para a conta. Ela pode ser solicitada pela plataforma durante o primeiro cadastro do usuário ou quando há a intenção de elevar o nível da conta. Além disso, esse procedimento de segurança também pode ser necessário ao alterar a senha de acesso ao serviço.

Segundo Guilherme Bacellar, pesquisador de Segurança Cibernética e Fraude da Unico, o procedimento estético pode causar interferência no rosto já gravado pelo sistema. "[...] caso haja a realização de harmonização facial, é possível que o sistema de biometria exija um novo cadastro do usuário”, afirma Guilherme.

(*Gabriel Bentes, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de oliberal.com)

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