Walbert Monteiro é empossado imortal da Academia Paraense de Letras

Autor de 'Reflexões Reclusas' ocupará a cadeira 22 da instituição

Lucas Costa
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A Academia Paraense de Letras (APL) ganha um novo imortal nesta quinta-feira, 21. O escritor Walbert da Silva Monteiro assume a cadeira de número 22, patronímica de João Pedro de Figueiredo, da qual foi o último ocupante o acadêmico João Paulo do Valle Mendes. Na cerimônia de posse, que será realizada no Plenário do Tribunal Regional Eleitoral, Walbert será saudado por Octavio Avertano de Macedo da Rocha, imortal da APL.

Walbert, autor de livros como “Reflexões Reclusas” e “Rosário - Um Tesouro que se Redescobre”, não esconde a alegria em entrar na APL. “Qualquer pessoa que tenha por ideal a difusão da cultura por meio de seus escritos e ideias, acalenta o sonho de ingressar em uma instituição do porte da centenária Academia Paraense de Letras”, diz ele, revelando ainda que não vê o momento como um “ponto de chegada”, mas uma etapa.

“Me sinto verdadeiramente um aprendiz que deseja haurir da experiência dos seus confrades e oferecer, com humildade, meus eventuais carismas e talentos. Há um misto de expectativa e ânsia, com a responsabilidade de ser Imortal”, conta.

Sobre o momento, o escritor paraense destaca ainda seu papel dentro da APL, 

de como sua escrita pode contribuir na missão da instituição. “Tenho a consciência de que todos sempre podemos oferecer a experiência adquirida, em salutar troca de conhecimentos. Tenho comigo uma preocupação de que não podemos nos limitar a círculos fechados, de forma egoísta. É nosso dever alcançar o maior número de pessoas, de maneira muito especial os jovens, buscando incentivar o gosto pela leitura e pelas artes em geral”, destaca.

Walbert pontua ainda a função da literatura em geral, dentro do contexto atual. “Em um mundo que cada vez mais relativiza conceitos e que, a despeito da facilidade e velocidade da comunicação, adquire desprezo pela linguagem formal a partir dos vícios ditados pelos ‘dialetos’ das redes sociais, é fundamental, pelo menos em tentativas, disseminar a valorização das diversas formas de cultura e das artes em geral”, defende.

Ao longo da carreira, Walbert foi editor de revistas como Ver-o-Para e Nosso Pará, que tratavam de divulgar as riquezas culturais do Pará. Também foi responsável editorial pela Revista dos Tribunais de Justiça do Brasil, e segue como editor da JUSPARA, revista oficial da AMEPA. Seu trabalho tem ainda uma forte ligação com temas religiosos. Por anos editou a Revista do Círio, e já publicou livros como “Igrejas Históricas de Belém”, “Rosário - Um Tesouro Que Se Redescobre” e “Círio de Nazaré, meu olhar de fé”.

“A Academia tem e teve religiosos proeminentes. A cultura não distingue nem discrimina os credos, antes os respeita e promove uma interação ecumênica na medida do possível. Penso que, diferente do que acontece no mundo, na prática, a religião deveria aproximar pelo amor e não separar pela intolerância e ódio”, acredita Walbert.

Atualmente, o escritor se prepara para lançar um livro já pronto, “Palavras Além do Tempo”, e outros dois de cunho religioso.

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