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‘Virada Sustentável’ Belém tem mais de 40 atrações em três palcos na capital

O objetivo do evento é descentralizar o debate sobre arte e sustentabilidade e aproximar a temática da periferia

Emanuele Corrêa

A "Virada Sustentável" fará sua primeira edição, em Belém, após 12 anos. Entre os dias 23 e 26 de novembro, em três palcos espalhados pela capital paraense, a população poderá assistir programações musicais, exposições e outras linguagens artísticas. O objetivo do evento é descentralizar o debate sobre arte e sustentabilidade e aproximar a temática da periferia.

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Mayra Casttro, 40 anos, fundadora da InvestAmazônia, designer de conexões e parcerias, é também a coordenadora da Virada Sustentável Amazônia em Belém, esclarece a proposta de descentralizar o debate sobre sustentabilidade. "Fizemos foi um mapeamento de lugares, organizações, projetos e universidades, para começar a entender, a partir disso, um pouco do retrato da cidade. Chamamos por volta de 30 organizações multiplicadoras de várias áreas, para justamente entender a dinâmica da cidade", contou.

"A questão de descentralizar, não é somente descentralizar o debate, mas de descentralizar os pontos focais de eventos na cidade. Um dos primeiros pontos que identificamos nessas conversas, foi a questão da Belém ribeirinha. O outro ponto que também foi muito mencionado com relação à descentralização, era levar a programação para lugares que contemplem as periferias. Por isso que a gente montou um palco no Ver-o-Rio, que ali contempla o pessoal da Vila da Barca, temos também programação na Usina da Paz do Jurunas/Condor, o palco no Píer das 11 Janelas, no centro histórico", seguiu.
A coordenadora local convida o público a participar das programações que são gratuitas e dá mais detalhes. "São mais de 40 atrações diferentes, e toda programação está sendo veiculada na cidade, no Instagram e no site da Virada, é uma programação para todos os públicos. Nós trabalhamos com uma curadoria local e com diversas linguagens, que contempla um público bem diverso, que vai do carimbó ao rap, por exemplo. Teremos, ainda, contações de histórias, apresentações teatrais, shows de música, dança, grupos folclóricos, exposições artísticas, enfim, uma variada e diversa programação para todas as idades e gostos", finalizou.

A virada terá destaques musicais para a Orquestra Amazônia, regida pelo paraense Renan Cardoso, com a participação de Aíla, Jeff Moraes, Gigi Furtado, Juliana Sinimbu, Luê e Naieme. No primeiro dia de evento quem subirá ao palco é o cantor AQNO e quem encerra o show é o Mestre Damasceno. “Um dos maiores representantes atuais da cultura marajoara,

que desde os 19 anos, atua em diversas manifestações populares, como o carimbó e o boi-bumbá. A Virada também contará com pontos de entrega voluntária, onde a população poderá descartar corretamente aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos e tecidos e acessórios em geral. Uma ação educativa e que pode inspirar comportamento de consumo mais sustentável”, concluiu Mayra.

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