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Vila Container faz homenagem ao dia do "Chorinho"

Dia Nacional do Choro tem Pixinguinha como um dos músicos mais importantes do gênero

Bruna Lima

A data 23 de abril está diretamente ligada a uma data festiva, pois além de ser comemorado o dia de São Jorge também é celebrado o Dia Nacional do Choro, gênero da música popular e instrumental brasileira, tendo Pixinguinha como um dos músicos mais importantes do gênero. E a data é em homenagem a data de nascimento do músico. 

E para celebrar, a Vila Container está promovendo uma programação especial, neste sábado (23), para quem quer curtir a música instrumental. A organização da festa não divulgou a atração, mas garante que o público e os amantes do “Chorinho” vão se divertir.

Na casa do Gilson, reduto do Choro e do samba em Belém, a programação conta com a apresentação do grupo “Galo Garnizé”, a partir das 17h. A casa fica localizada na avenida Padre Eutiquio, bairro da Condor.

O espaço já tem 35 anos e começou a partir da Casa do Choro, na Rua Honório José dos Santos, no Bairro do Jurunas. A Casa do Choro foi organizada por Aldemir Ferreira, e se tornou ponto de encontro dos “chorões” de Belém. Após quatro anos de funcionamento, a Casa do Choro fechou as portas, após o falecimento de Aldemir.

Mas os frequentadores do espaço, como o artista gráfico Biratan Porto, Gilson e seu pai Geraldo Rodrigues, e o músico Yuri Guedelha, decidiram organizar a Casa do Gilson, para manter vivo o chorinho em Belém.

Inúmeros artistas consagrados já se apresentaram no local, como Paulinho da Viola, César Farias, Beth Carvalho, Sivuca e Ronaldo do Bandolim.

O documentário musical "Casa do Gilson, Casa de Amigos", é uma homenagem ao tradicional reduto do samba e choro em Belém. A produção traz encontros musicais cercados de memórias referentes ao local, considerado um importante ponto cultural da cidade.

A direção do documentário é de Guaracy de Britto Jr., com produção de Moana Mendes, Thais Tocantins, Marbo Mendonça e Maicon Nunes.

O Choro no Brasil

Os primeiros conjuntos de choro surgiram por volta da década de 1870, nascidos subúrbios cariocas. O flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Calado, os pianistas Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga, e o maestro Anacleto de Medeiros compuseram quadrilhas, polcas, tangos, maxixes, xotes e marchas, estabelecendo os pilares do choro e da música popular carioca da virada do século XIX para o século XX.

Com a difusão de bandas de música e do rádio foi ganhando todo o território nacional. Herdeiro de toda essa tradição musical, Pixinguinha consolidou o choro como gênero musical, levando o virtuosismo na flauta e aperfeiçoando a linguagem do contraponto com seu saxofone e organizou inúmeros grupos musicais, tornando-se o maior compositor de choro.

Pixinguinha foi um dos músicos mais importantes da fase inicial da Música Popular Brasileira (MPB), especialmente o choro. É considerado o maior flautista brasileiro de todos os tempos, além de um irreverente arranjador e compositor. Entre suas composições de maior sucesso estão: Carinhoso (1923), Lamento e Rosa.

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