Paula Fernandes conta que quis se matar: 'Minha mãe que me salvou'
A cantora falou sobre a doença no quadro de Dráuzio Varella, no 'Fantástico', e também no "Encontro'
A cantora Paula Fernandes decidiu contar que ameaçou se jogar da janela de um prédio quando sofreu de depressão aos 18 anos. Ela foi salva pela mãe, Dulce de Souza, que ameaçou se jogar também alegando que não aguentaria viver sem a filha. A declaração forte da artista foi dada à jornalista Patrícia Poeta, no programa "Encontro", da Globo, nesta segunda-feira, 5. O programa veiculou trecho da entrevista da sertaneja que não foi ao ar no quadro sobre depressão chamado "Não tá tudo bem, mas vai ficar", de Dráuzio Varella, veiculado na véspera, no "Fantástico".
"Escolhi a janela. Eu ia pular, porque estava tomada. É como se você não enxergasse um palmo à frente. Você desiste de tudo. Não vê possibilidade, perspectiva de nada. Achava que tinha sido derrotada...Minha mãe se desesperou, com medo de fazer um movimento e eu saltar. Abracei a minha mãe. Aquele momento, eu jamais vou esquecer. Foi a minha mãe que me salvou", detalhou Paula no trecho inédito da entrevista dada a Dráuzio Varella, mas exibida no Encontro.
"Ela falou para mim que, como não iria dar conta, que iria pular também. Foi a hora que ela me questionou, me assustou: 'Se você pular, vou pular também, porque não vou aguentar ficar sem você'. A minha mãe foi essencial", completou emocionada no palco do Encontro.
"Eu tive uma depressão muito forte aos 17, 18 anos. Dor de cabeça, taquicardia. Achei que estava com problema cardíaco: 'Meu Deus! Tenho que ir ao médico'... Passava o dia inteiro tremendo no sofá. Tinha dia que eu tinha crise de taquicardia que parava no hospital com não sei quantos batimentos por segundo. Achava que ia morrer. E uma falta de ar absurda", disse a artista ao Fantástico.
"Eu não entendia porque não tinha consciência ainda. Quando a minha depressão chegou no ápice - de 0 a 10 chegou a 9 -, o meu cabelo já tinha caído bastante, perdi 7 kg num espaço de tempo curtíssimo, porque eu já não comia."