‘BBB 24’ comemora 2 meses com recorde de público em um diário sem roteiro
O jornalista Muka analisa o enredo do programa dentro da casa e a repercussão com o internauta e telespectador
No último dia 08 de março, o BBB 24 comemorou dois meses de programa. A edição deste ano começou dia 08 de janeiro de 2024, com dois paraenses na disputa: Marcus Vinicius e Alane Dias. O primeiro já foi eliminado.
Pela primeira vez na história do programa duas pessoas do Pará participam.
O BBB 24 segue sendo o reality show mais assistido do país e, em seu segundo mês, já supera a última temporada em desempenho de audiência, comercial, nas redes e no Globoplay. Ao todo, mais de 118 milhões de brasileiros foram alcançados pelo programa deste ano, e 8 entre cada 10 lares do país já foram impactados pelo reality nesta edição. Há incremento, ainda, do público adolescente (12-17 anos) e adulto (35-49 anos), cuja audiência está 7% e 3% maior este ano que em 2023, respectivamente.
Com média de 20 pontos de audiência e 43% de participação no Painel Nacional de Televisão (PNT) nestes dois primeiros meses, a temporada supera os números de sua antecessora em 6% no mesmo período, além de ter audiência 88% maior que a soma de todos os streamings e conteúdos consumidos na televisão.
“Nesses dois primeiros meses de programa mostraram acerto na definição do elenco, que no geral entregou, apesar de um início que foi um pouquinho mais lento. Tinha muita gente na casa e isso confundiu um pouco os participantes, também dificultou a percepção do público sobre qual a narrativa da temporada, acho que de início as pessoas demoraram a entender para quem deveriam torcer. Percebo isso até pelo movimento de redes sociais mesmo. Mas acho que os dois meses foram muito bons, superam e muito, na minha percepção, as duas últimas temporadas do programa inclusive”, analisa Muka, jornalista e criador de conteúdo.
Diariamente, no período da noite, é realizado o Space do Muka, sala de conversa por áudio mais ouvida do mundo no X (ex-Twitter). O perfil dele é @falamuka, que tem debates sobre BBB.
“A repercussão do programa está muito grande, ele está pautando muitas conversas, alguns participantes como o Davi, a Beatriz, a própria Wanessa Camargo que foi expulsa, todos eles caíram no gosto da do público. De um jeito ou de outro estão sendo muito enaltecidos de insensatos ou estão sendo muito criticados pelas atitudes que tiveram no jogo. Isso se reflete inclusive no engajamento nas redes sociais. Acho que todo mundo que cobre o programa, como eu, sabe que o engajamento está bem. Isso é sinal de uma temporada aquecida, do acerto na formação desse elenco e das dinâmicas que o programa está propondo”, acrescenta o jornalista.
O programa tem batido recordes quando se fala em audiência. Saindo da Tv Globo, que é sinal aberto e indo para o Globoplay e Multishow, que tem conteúdos exclusivos, teve um aumento quando falamos de público.
No Globoplay, o ‘BBB 24’ cresceu 41% em consumo e 36% em usuários em relação ao mesmo período da edição anterior. O reality foi o programa mais assistido da plataforma nos dois primeiros meses de 2024 e, com a contribuição de outros conteúdos, foi o responsável pelo maior consumo da história do streaming no período.
No Multishow não é diferente. A audiência do 'BBB Ao Vivo' no PNT (1,2 aud ind com paytv e 24 part sobre os canais pagos) foi 22% maior e 6 pontos superior em participação nestes dois primeiros meses de 'BBB 24' que o registrado no mesmo período do 'BBB 23'.
“Muitos aspectos podem explicar porque um reality como o Big Brother é atraente para audiência. Eu acho que primeiro é fofoca. O ser humano é um dos curiosos, é um bicho fofoqueiro, gosta de saber da vida dos outros. Acho que tem um componente também forte dessa longa tradição do público brasileiro, do telespectador brasileiro, de acompanhar dramaturgia. O BBB não deixa de ser lido por grande parte do público como uma novela, mas a gente sabe que não tem roteiro. Isso se reflete inclusive na forma como esse público se comporta diante dos participantes. Ele sempre precisa eleger um lado como o lado bom e o outro como o lado mau. Sempre tem essa lógica maniqueísta do mocinho e do vilão, porque isso facilita a percepção do público. Eu acho inclusive que no início desta temporada a dificuldade para que esses arquétipos ficassem claros dificultou que o público embarcasse logo no primeiro momento no programa. Acho que essa é uma influência direta dessa nossa longa tradição na produção de telenovelas da tradição da TV Globo que faz isso com excelência de entregar grandes histórias”, finaliza Muka.
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