Antonio Calloni conta que chorou ao ler cena da morte do personagem Júlio
O ator se despede de Éramos Seis' enaltecendo a parceria com Glória Pires e faz um balanço dos 40 anos de carreira
Antonio calloni se despede da novela 'Éramos Seis', esta segunda-feira, 2. O personagem dele, o ambicioso Júlio Lemos, falece devido à uma úlcera estomacal logo após receber a transfusão de sangue do filho mais rebelde, Alfredo (Nicolas Prattes). Em pouco mais de 50 capítulos, o enredo que se passa no século passado mostra um patriarca que trai a esposa Lola (Glória Pires) com Marion (Ellen Roche) e também agride os filhos.
Em ao GShow, o ator revela a reação ao ler a última cena do personagem: "Chorei. Ele morre sonhando e feliz..."
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Ele diz ter realizado o grande sonho de contracenar com Glória Pires: "Querida Gloria, você é um sonho realizado. Obrigado pela grande companheira e atriz que você é. Nunca vou esquecer essa parceria. Vou continuar assistindo a novela e aplaudindo meus companheiros em pé", homenageia.
"Vou sentir muitas saudades. Essa novela foi muito especial para mim. Um personagem fantástico e, com certeza, inesquecível para mim e, espero, para o público também. Ele tem o tamanho e a duração perfeitas para impulsionar, provocar, emocionar e encantar a história. E que personagem essa Lola, meu Deus do céu...", declara.
"Muitas pessoas - muito mais do que eu esperava - compreenderam que o Júlio é um homem bom, amoroso, trabalhador e um lutador incansável. E os erros? Muitos! Graves! Quase imperdoáveis! Isso desperta a raiva, a antipatia, o que é uma reação justa e natural, porém incompleta".
Calloni aponta que as cenas mais sensíveis que fez nessa novela foram com o Prattes: "As conversas com o Alfredo são muito intensas. Tudo que fala de pai e filho me emociona muito".
40 Anos
Em 40 anos de carreira Antonio Calloni interpretou mocinhos e vilões de grande relevância na dramaturgia brasileira, com destaque a Roger Sadala, em Assédio; Egídio, de O Sétimo Guardião; e Arnaldo, em Os Dias Eram Assim.
No entanto, o ator afirma que consegue conviver intensamente com cada um de seus personagens sem levar para casa a tensão das histórias que vive na ficção. Cada trabalho, na verdade, é uma verdadeira fonte de prazer. "Trabalho sempre na zona do prazer, seja qual for o personagem ou a cena. A zona de conforto não existe para um ator de verdade".
Éramos Seis é escrita por Angela Chaves, baseada na novela original escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, livremente inspirada no livro de Maria José Dupré.