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'Tchau, tchau, amor' é relembrada por artistas da cena paraense

Ivan Peter, autor e cantor da música, morreu neste domingo

Bruna Dias

“Tchau, tchau, amor” é sem dúvida um dos clássicos da música popular. A canção ganhou centenas de versões e foi interpretada por grandes nomes. E no Pará, ela sempre esteve muito presente também, tanto em shows de artistas consagrados pelo público, quanto em bares, aparelhagens, praias e balneários. Quem nunca precisou se despedir de um grande amor?

No último domingo (7), o cantor e compositor de “Tchau, tchau, amor”, Ivan Peter, 72 anos, faleceu vítima de um infarto. Nascido no município de Sousa, no estado da Paraíba, ele morava desde os 13 anos em Fortaleza (Ceará), onde viveu até os últimos dias. As canções do artista marcaram a música popular romântica brasileira nas décadas de 70 e 80.

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Ivan Peter gravou mais de 15 álbuns ao longo da carreira, mas foi “Tchau, tchau, amor” que explodiu nas paradas de sucesso em todo Brasil.

Em 2014, a cantora paraense Lia Sophia regravou a canção e lançou um videoclipe. “’Tchau, tchau, amor’ conta a história que muitos de nós já vivemos, um amor que não pode se realizar completamente. Por isso ela foi e continua sendo um sucesso. Além de fazer parte da minha memória afetiva da infância, meus pais gostavam de dançar brega e ouvíamos em casa sempre. Ivan Peter sempre fez parte das playlists da família”, relembra a artista.


Lia Sophia sabe da contribuição do cantor para a música e história dos brasileiros. “Ivan Peter foi um grande representante da música popular no Norte e Nordeste e, devido ao grande sucesso nas festas populares, não pôde ser ignorado pelas rádios, que passaram a tocar suas músicas e de outros artistas bregas da época. Perdemos um grande autor e cantor, um artista que traduziu os sentimentos do povo, as dores de amor, os medos, as saudades. Isso é para poucos. Isso é gigante”, finalizou a cantora.


A banda “Na Cuíra”, que sempre tem “Tchau, tchau, amor” no seu repertório, exalta a representatividade da canção. “Essa música passou pelo crivo da memória, por onde a boa música tem que passar. Quando nós tocamos no baile a reação é imediata, se o músico tiver rouco não tem problema que a plateia vai cantar por ele, vai acompanhar. Acho que esse é um dos prêmios que o músico tem: a canção fica gravada na memória do público, atravessando gerações”, avaliou Kleyton Silva, que integra o grupo.

Com sete anos de estrada, o cantor diz que ao logo dessa trajetória “Tchau, tchau, amor” já foi e voltou diversas vezes para o repertório do grupo. “Quando começamos a tocar a introdução da música a galera já levanta o copo, abraça quem está do lado e já começa a cantar. A energia é de reconhecimento. O nosso baile envolve várias gerações, incluindo a juventude. E essa música causa um frenesi coletivo”, finalizou Kleyton Silva.

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