Supercine exibe 'Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros' na madrugada de domingo
Filme será exibido às 00h34 após o programa 'Altas Horas'
Quentin Tarantino brinca de reescrever a história e obtém resultados espetaculares em 'Bastardos Inglórios' e 'Era Uma Vez em .. Hollywood', que estreia na semana que vem, dia 15. O russo, radicado em Hollywood, Timur Bekmambetov segue pela mesma linha em 'Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros'. O longa de 2012 do diretor do 'Casaquistão', que passa neste sábado, 10, na TV aberta - Supercine da Globo, 0h34 -, baseia-se no livro de Seth Grahame-Smith, que também assina o roteiro e, por sua vez, se inscreve na tendência que já produziu obras como Orgulho e Preconceito e Zumbis.
Fantástico e terror para atrair os jovens, mas com vampiros no lugar de zumbis. Como no livro, Abraham Lincoln é lenhador, hábil no machado, em sua comunidade. Benjamin Walker é quem faz o papel. Surge esse estranho - Dominic Cooper - que descortina um outro mundo para o jovem Lincoln. A política, claro, mas também a implacável perseguição aos vampiros que rondam a 'América'.
Como o nome de Lincoln é indissociável da questão da escravidão, que levou à Guerra Civil entre o Norte industrializado e o Sul agrário dos EUA, Bekmambetov e Grahame-Smith propõem a sua interpretação fantasiosa.
Os grandes proprietários sulistas são vampiros, ou seus 'laranjas', para usar um jargão atual. A tragédia atinge a família Lincoln e, para vencer a parada - e também se vingar -, Abe e seus aliados vão usar balas de fuzis e canhões de prata. Por mais fantástica que seja essa interpretação da 'guerra', os dados econômicos - Sul vs. Norte; a exploração da mão de obra escrava - são corretos.
Bekmambetov enche os olhos do público com imagens de elaborado colorido e plasticidade. Não por acaso, a direção de fotografia é de um craque, Caleb Deschanel. Quem quer que tome esse filme ao pé da letra deveria ter a cabeça examinada, mas o resultado é divertido e o cineasta, que deixou a Rússia pós-comunista para fugir ao regime ditatorial de Vladimir Putin, não deixa de fazer observações interessantes sobre uma classe dirigente que enriquece sugando o sangue dos pobres.
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