Simone lança álbum dos 50 anos de carreira e quer cantar com Gaby Amarantos
Lançamento ocorre nesta sexta (31), e público pode conferir toda a entrega e versatilidade dessa artista que canta o Brasil
Lançamento ocorre nesta sexta (31), e público pode conferir toda a entrega e versatilidade dessa artista que canta o Brasil
A cantora baiana Simone, um dos grandes nomes da música brasileira há décadas, lança nesta sexta-feira, dia 31, o álbum "50 (Ao vivo)", pela gravadora Biscoito Fino, para comemorar seus 50 anos de carreira, marcada por grandes interpretações. Gravações que viraram sucessos e embalaram e embalam cenas diversas nas cidades brasileiras. Tão aguardado pelos fãs, o álbum com 20 faixas já pode ser conferido nas plataformas digitais, a partir desta sexta-feira, dia 31. Simone protagonizou mais de 30 shows pelo país afora, na turnê comemorativa que leva o título de "Tô Voltando", ou seja, de música gravada por ela no álbum "Pedaços", de 1979. O registro foi feito no Rio de Janeiro, e é essa troca de sentimentos entre a cantora e o público que enaltece a playlist do álbum e realça a força das canções na voz dessa artista. A produção é de Marcus Preto. Além disso, em entrevista ao Grupo Liberal, Simone manifestou a intenção de fazer um trabalho musical com a cantora paraense Gaby Amarantos.
Ao falar sobre a música paraense, Simone revela sua admiração pelo trabalho de uma artista. "Eu sou uma fã da Gaby (Gaby Amarantos). Eu adoro ela. Este ano, eu quero dividir coisas com ela. Eu fico com essa representante da música paraense, que é uma pessoa linda, linda, linda". "Eu quero cantar com ela", acrescenta. Para 2025, a artista pensa em gravar um novo disco para lançar em 2026. Um novo show deve estar na estrada a partir de março.
No Rio de Janeiro, na gravação para o álbum, Simone se apresentou ao lado de sua banda com casa lotada. No palco, estavam Filipe Coimbra na guitarra, Fábio Sá no baixo, Chico Lira nos teclados, Vitor Cabral na bateria e André Siqueira na percussão. Entre os sucessos, estão “Tô que tô”, “Sangrando”, “Começar de novo”, “Cigarra”, “Jura secreta” e muitos outros.
"Estou muito feliz em concluir esse projeto lindo que contou com tanta gente maravilhosa! Sinto-me vitoriosa por chegar aos 74 anos com ainda mais tesão pelo o que faço! Esses mais de 51 anos de estrada me trazem muita gratidão pelas importantes conquistas e só aumentam a vontade de trabalhar em novos projetos”, diz Simone.
O álbum de estreia de Simone foi gravado em 1972 e lançado em 1973. A partir daí, o Brasil passou a conhecer a intérprete que viria se consagrar por meio de interpretações marcantes como "O que será", de Chico Buarque; "Sangrando", de Gonzaguinha"; "Cigarra", de Milton Nascimento"; "Jura Secreta", de Sueli Costa; "Desesperar Jamais", de Ivan Lins; "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré; "Iolanda (Yolanda)", de Chico Buarque e Pablo Milanés e muitas outras canções.
Em entrevista ao Grupo Liberal, Simone destaca se sentir privilegiada por completar 50 anos de carreira musical, iniciada em 20 de março de 1973, agradecendo a Deus, aos compositores, músicos, técnicos e fãs. Ela conta que a carreira começou muito cedo. "Eu acho que a música entrou quando eu estava na barriga da minha mãe, porque meus pais amavam música. Meu pai amava ópera. Ele era muito ligado em comunicação, porque ele tinha um código de radioamador e adorava cantar óperas. E minha mãe gostava muito de piano, estudou piano, tocava violão e cantava. É uma família musical. E eu sempre vivi no meio da música e do esporte, duas coisas que estão até hoje na minha vida. De sair da educação física, do basquete para a música, deu-se em um momento muito rápido. Nada tinha sido planejado", diz.
Isso se deu a partir de um encontro entre o gerente de Marketing da gravadora Odeon, Moacir Machado, e Simone em um jantar informal, em que várias pessoas cantaram, contaram piada. E, no final, ele perguntou se ela não gostaria de fazer um teste para a Odeon. Simone fez o teste, passado um mês, veio um contrato para ela assinar de quatro anos fazendo quatro elepês. Ela pulou o compacto simples, na época. "Assim se deu, rápido dessa maneira", completa. Foi no mês de outubro de 1972 e em março o disco estava sendo lançado. Simone frisa que nunca largou o esporte.
A turnê dos 50 anos começou ainda no primeiro mês de 2023, e ela rodou até 2024. O registro dessas apresentações virou o álbum "50 (Ao vivo)", "um trabalho que retrata a minha carreira". "A gente deu prioridade às músicas que tinham sido lançadas e chanceladas e conhecidas do público por meio da minha voz, com exceção de 'Divina Comédia Humana' que tinha sido feita pra mim, lá nos anos 70, mais especificamente em 1977, e que a gente incluiu no show. Foi uma ideia do Marcus Preto, que é o diretor artístico do espetáculo, e assim o fizemos", relata.
Simone atribui o sucesso de cinco décadas de carreira à determinação e sorte. "Você tem que ser muito disciplinada, eu aprendi a disciplina e a divisão no esporte em grupo, que era o basquete. Eu acredito no trabalho em grupo", pontua.
Simone permanece sendo uma artista ousada e que descobre novos compositores pelo Brasil afora. "Esse diálogo com os compositores, artistas, tem sido ótimo. Tem muita gente boa, e a internet proporcionou e proporciona uma abertura grande". Ela enumera alguns nomes das safras mais novas da música brasileira, como Juliana Linhares, Jottapê e Juliano Holanda, este último com quem Simone fez um trabalho juntamente com Zélia Duncan. Assim, a "Cigarra" não deixa de seguir no seu canto singular.
Confira as músicas de '50 (Ao vivo)':
1. Tô que tô
2. O que será (À flor da terra)
3. Sangrando
4. Começar de novo
5. Cigarra
6. Jura secreta
7. Divina comédia humana
8. Sangue e pudins
9. Sob medida
10. Alma
11. Depois das dez
12. Um desejo só não basta
13. Separação
14. Encontros e despedidas
15. Boca em brasa
16. Iolanda (Yolanda)
17. Ex-amor
18. Desesperar jamais
19. Tô voltando
20. O amanhã