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Música regional, teatro e cultura popular agitam esta sexta (8/11) em Belém; veja a programação

Público de todas das idades tem diversas escolhas de entretenimento e lazer em espaços na capital paraense

Gustavo Vilhena*

Paulinho Mururé e Pedrinho Callado vão celebrar os 20 anos de uma parceria musical de sucesso com uma grande festa no Dom Gastro, nesta sexta-feira (8), às 21h. O show “Confluência” terá um repertório de diversos estilos como carimbó, guitarrada, baião, samba e as composições feitas pelos dois artistas da música popular paraense

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“Na verdade, eu acho que deve ter mais de 20 anos. Eu e Pedrinho Callado nos encontramos nos anos 90, nos barezinhos da vida. A gente tem um show há quase 15 anos que se chama “Tardes de Belém” e esses 15 anos enriqueceu bastante a amizade, a parceria e rendeu muitos frutos positivos. Por isso é uma parceria que merece ser comemorada, por render esses frutos que não ficam com a gente, frutos que são repassados ao povo de Belém.”, contou, Paulinho Mururé

Inspirado pela biodiversidade da Amazônia, Paulinho Mururé possui uma longa trajetória de 30 anos no cenário musical paraense. Seu primeiro álbum, “Cria”, foi lançado em 2013 e, no mesmo ano, criou o projeto semanal “Cores da Amazônia”, que foi uma espécie de embrião para o seu outro álbum, o “Homônimo”.

Pedrinho Callado promete um novo lançamento para 2025, e mantém a sua base musical inspirada no meio ambiente e nos ritmos regionais da Amazônia. “Eu sou compositor que canta, e sou bastante eclético como compositor. Mas, como cantor, eu opto pela música mais regionalizada. Carimbó misturado com guitarrada, xote. Tudo isso com uma linguagem contemporânea misturando as orientações dos grandes mestres do nosso universo musical paraense.”, afirmou o artista. 

Na Sexta Samba do Boteco Santa Matta, a presença confirmada é da ilustre artista regional Mariza Black, que irá comandar a programação que inicia às 18h. A programação conta com a voz potente da artista para dar alegria e vida a festa que contagia todos os brasileiros com o seu ritmo inconfundível. 

Mariza, reconhecida como a maior intérprete feminina do samba paraense, tem uma carreira que soma mais de 20 anos de sucesso marcada pela sua voz única e que encanta a todos com o som da percussão e do cavaquinho. A artista, que já foi diplomada pela câmara de vereadores de Ananindeua como Mulher Destaque Ananin, se destaca como incentivadora das artes e da cultura do Patrimônio da Amazônia

No Centro Cultural do Sesc Ver-o-Peso, o evento gratuito “Mostra Canto Autoral”, realiza a apresentação de três artistas que representam a cena musical alternativa do país. A programação que inicia às 19h é uma parceria com o coletivo criativo Perau, cujo objetivo é celebrar a música independente e autoral do Brasil.

Às 19h30, a cantora paraense Malu Guedelha abre a noite com canções do seu álbum “Fagulha” e sua nova música “Canção de Um Olhar Pra Se Morar”. Logo após, às 20h30, a pernambucana Una Martins encerra a turnê de “Esquartejada”, lançada em 2013 e conhecida por sua experimentação poética e sonora. O paraense Felipe Gama encerra a mostra com o lançamento do EP “Chocolate/Paranoia” às 21h30, iniciando uma nova fase em sua carreira.

O Quinteto Caxangá fará, nesta sexta-feira (08), um show durante o evento Chorinho AP, realizado pela Assembleia Paraense. O grupo, que às 20h fará a apresentação de um repertório repleto de sucessos da música popular brasileira e paraense e canções autorais, é formado por João Palheta, Sara Moraes, Camila Alves, Igor Sampaio e Tomas Menezes. 
O grupo que iniciou as suas apresentações em 2015, lançou em 2019 o seu primeiro EP, o “Caxangado”, com cinco faixas envolvendo composições autorais e de outros compositores paraenses. Recentemente, o grupo anunciou que lançará um novo EP autoral. Camila Alves, que toca violão de 7 cordas, comentou sobre o objetivo do Quinteto e sobre a oportunidade de disseminar o  trabalho feito por eles. “Nosso objetivo, enquanto grupo, é criar diálogos entre o choro e a música regional, criando arranjos que evidenciam e estabelecem paralelos entre os diferentes ritmos brasileiros.”

Às 20h, no Teatro Municipal de Ananindeua, o espetáculo “Antes que eu me chame saudade” conta as histórias vividas por um homem de 78 anos por meio de cenários coloridos que remetem às pinceladas da história vivida pelo senhor de quase 8 décadas. O público poderá acompanhar um monólogo contado pelo seu Sebastião sobre a própria vida. A peça com trilha musical e elementos cênicos mostrará um personagem com muitas histórias e sentimentos. 

Leonardo Sousa é quem dá vida ao senhor apaixonado por café amargo, que adora escutar jazz devido às lembranças de bons momentos que a música lhe traz. Seu Sebastião sente enorme saudade da falecida esposa, assim como dos filhos e netos que pouco o visitam. Sua única companhia é um velho preguiçoso que não levanta de sua cadeira para fazer nada, o Seu Zé. Os ingressos para o espetáculo serão vendidos na bilheteria do teatro ou pelo número (91) 98112-3688.

No Anfiteatro do Chapéu Virado em Mosqueiro, Creuza Gomes Chaves, de 94 anos, será homenageada na IV Feira Literária que inicia às 17h, desta sexta-feira. A matriarca do território quilombola do Sucurijuquara dividirá com Ronaldo Andrade, escritor, professor e músico, as honrarias da Flim/2025. 

Lairson Costa, coordenador do evento promete grandes atrações durante o evento como o “Boi-Bumbá Flor Da Infância” (quilombo Sucurijuquara), Carimbó Nativo do Ronaldo Curupé, presença dos coletivos culturais “Escritores da Praia”, participação especial das cantoras Carol Andrade e Lú Matos, e muito mais. “Será uma noite memorável com participação de grandes artistas de Mosqueiro, seus familiares, amigos e convidados”, afirmou o professor.

(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)

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