‘Sampleados’ celebra 10 anos com novos episódios e filme futurista em 2025

Em 2025, a websérie musical ‘Sampleados’, criada pelo diretor Leo Platô, falecido em 24 agosto de 2023, completa uma década desde o lançamento de seu primeiro episódio. A produção, exibida pelo canal TV Platô no YouTube, conquistou um público fiel ao unir narrativa, música paraense e interpretações marcantes de artistas locais.

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O episódio de estreia, lançado em junho de 2015, trouxe o cantor Wanderley Andrade e a comunicadora Betty Dopazo em uma cena carregada de humor e música. Wanderley interpreta um homem arrependido após uma noite de farra, tentando reconquistar Betty, sua parceira determinada a não ceder. A cena final foi embalada por "Conquista", um dos sucessos de Wanderley Andrade, e contou com a participação especial de Leona Vingativa e Aleijada Hipócrita, dando o ar humorístico para a esquete.

Com mais de um milhão de visualizações acumuladas, os episódios das duas temporadas, gravada por Belém e pelos arredores, incluindo especiais gravados em interiores do Pará, como o Marajó, trouxeram elementos da cultura amazônica, como o carimbó e o brega, para uma nova perspectiva. Entre os destaques, está o episódio com Tonny Brasil, conhecido como o pai do tecnobrega, e Thaciane Pantoja. Nele, os artistas interpretam uma história de amor ao som de "Meu Amor É Todo Seu", clássico da banda Sayonara, gravado no Ver-o-Peso.

 (Arquivo pessoal)

Desde a partida do diretor, que faleceu em agosto de 2023, sua tia e co-diretora do projeto, Erika Siqueira, assumiu o desafio de manter o legado vivo. “Sem o Léo, é um desafio diário, mas seguimos firmes em manter a essência do projeto, valorizando a música e a cultura paraense”, afirmou.

(Laércio Esteves)

A equipe continua contando com grandes nomes como Naieme, Will Love, Raidol, Ayla Anchieta, Karol Peres e Laercio Esteves, que sempre deram vida aos episódios, conhecidos pela  autenticidade e inovação.

Para Erika, o maior legado de Léo é a forma como o ‘Sampleados’ conecta passado e presente, revitalizando a música amazônica com criatividade e respeito às raízes culturais. “É um projeto que não apenas preserva, mas ressignifica nossa herança musical para um público amplo na internet”, acrescentou a co-diretora.

Erika e o sobrinho, Léo Plantô (Laercio Esteves)

Novidades

Erika revelou que o projeto ‘Sampleados’ voltará este ano! As produções terão como cenário as ilhas de Cotijuba e Mosqueiro como cenários para os novos episódios, que devem ser filmados no primeiro semestre de 2025. 

“Quando eu e Juca Culatra pensamos em Mosqueiro e Cotijuba, era justamente por ser um projeto aprovado na Lei Paulo Gustavo Municipal. Assim, deveríamos contemplar nossa cidade amada Belém e suas ilhas. E agora, com essas mudanças climáticas agressivas, estamos precisando trazer à tona o debate sobre o combate imediato às queimadas em Mosqueiro, que estão ficando cada vez mais urgentes”, destacou Erika.

Embora a lista completa de artistas ainda não tenha sido divulgada, alguns nomes já estão confirmados ao Grupo Liberal, incluindo Gabriel Xavier (neto do cantor Pinduca), Mel Pinheiro, Nelsinho Rodrigues, Eloy Iglesias, Raidol, Joelma Klaudia, Naieme, Jorginho Gomes (o boto da Amazônia) e Valéria Paiva.

Além disso, há negociações para incluir a cantora Jade no elenco. “Comecei a conversar com a produção da Jade para que ela esteja nesse elenco brilhante. Até o final do ano passado, não havíamos chegado a uma data concreta nas agendas do projeto e da artista. Quem sabe este ano possamos confirmar Jaloo no ‘Sampleados’”, comentou. 

Outro destaque das comemorações de 10 anos do ‘Sampleados’ é o início das filmagens de ‘Muleke do Treme’, um longa-metragem que leva a marca criativa do fundador do projeto, Léo Plantô. Com roteiro inicial escrito por Léo, o filme foi adaptado pelo diretor de fotografia Juca Culatra e se passa em uma Belém distópica e futurística.

O filme terá músicas compostas por artistas como Gang do Eletro, Raidol, Juca Culatra e outros nomes locais, reforçando o caráter musical do projeto. As filmagens também estão programadas para o primeiro semestre deste ano.

“Precisamos falar cada vez mais da nossa Amazônia, no nosso lugar de fala, com as nossas narrativas. Nós usamos música e o audiovisual para isso”, enfatizou Erika.