Ritchie se apresenta em Belém para celebrar 40 anos de seus sucessos
Relembrando grandes sucessos de sua carreira, o cantor realiza o show na Assembleia Paraense nesta sexta-feira
Quem já era nascido nos anos 80 e 90 provavelmente já deve ter ouvido o icônico refrão: “Menina veneno, o mundo é pequeno demais pra nós dois”. O trecho do sucesso “Menina Veneno”, do cantor Ritchie, embalou as rádios e as festas de uma geração inteira, que se encantou com a interpretação de um artista inglês que cantava em português.
Passados mais de 40 anos do lançamento desta música, Ritchie decidiu fazer uma turnê comemorativa dos grandes sucessos de sua carreira. Com o título “A Vida Tem Dessas Coisas”, o projeto do cantor iniciou em 2023 e passou por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. A próxima parada do inglês é em Belém, no próximo dia 19 de janeiro, no palco da Assembleia Paraense.
Em entrevista ao OLiberal, Ritchie conta que a ideia de uma turnê pelo Brasil surgiu de repente e de forma despretensiosa, uma vez que ele já estava conciliado com o novo papel de ser avô de duas crianças. Mas tudo mudou após a realização de um show independente no cine Joia, em São Paulo. O grande sucesso da apresentação levou o cantor a procurar o empresário Steven Altit, da TOPCAT Produções, que depois de pensar no assunto, decidiu produzir a turnê do cantor.
“Eu nunca tive uma infraestrutura tão bem montada e a possibilidade de ver realizados os meus sonhos mais loucos (em termos de concepção de show/palco). O time que o Steve montou conseguiu executar o projeto em tempo recorde e com muita criatividade, porque toda a equipe, desde a banda, os técnicos, a equipe de produção e dos bastidores de palco é de um profissionalismo extraordinário”, declarou Ritchie.
O inglês expressa que o projeto é um grande momento de sua carreira, pois se trata de um show com enorme produção”
“É um momento de grande realização artística para mim, já que não faço uma turnê deste porte desde minha primeira grande turnê do Brasil e da América Latina em 1983 e 1984 quando o disco Voo de Coração estourou em quase todos os países da América do Sul”.
A banda que acompanha Ritchie nos shows é composta de músicos que estão juntos com o cantor há algum tempo e já conhecem a fundo o repertório artístico do cantor.
“Trabalho com a mesma formação de banda desde 2016. Meu saxofonista, Hugo Hori, já tocava na minha banda em 1986, e em 2016, resolvi procura-lo para me ajudar a formar uma nova banda de músicos paulistas. Foi Hugo quem arregimentou os músicos e ele passou a ser o produtor da banda e fizemos alguns shows de forma independente até mesmo durante a pandemia”, detalha o cantor.
A banda que se apresentará com Ritchie em Belém é formada por: Renato Galozzi nas guitarras, Eron Guarnieri nos teclados, backing vocais e direção musical, Igor Pimenta no contrabaixo e fretless, Luis Capano na bateria e o Hugo Hori no sax, flauta em sol e backing vocais. No show, além de cantar, Ritchie também toca flauta em certas canções do repertório.
Menina Veneno
Não tem como falar de Ritchie sem lembrar de Menina Veneno. A música de enorme sucesso foi uma surpresa para o músico, que não esperava tanta repercussão na época de seu lançamento.
“Quando fiz a música e quando o Bernardo acrescentou aquela letra maravilhosa e maravilhosamente enigmática, eu jamais imaginava que ela fosse ter uma vida tão longa. Nos nossos sonhos mais loucos, ela só tocaria por dois meses em rádios locais, caso eu conseguisse encontrar uma gravadora interessada em lançá-la. Foi uma trajetória veloz, de um pacato professor de inglês ao estrelato, em questão de semanas! Por isso, ninguém esperava, nem mesmo a gravadora e, muito menos, eu!”, explica.
Para o músico inglês, a expansão de Menina Veneno também foi impulsionada pelas rádios, que acabaram reproduzindo sua música diversas vezes durante os programas da época.
“A música tinha quase cinco minutos, ou seja, fugia a todas as regras de música radiofônica, que teria que ter três minutos e meio, no máximo, de duração. No entanto, a longa introdução instrumental acabou nos favorecendo porque os radialistas botavam a música pra tocar no início do programa, enquanto eles se apresentavam. A mesma coisa acontecia nos finais dos programas, durante a despedida do radialista! Assim, a música acabava tocando, às vezes, duas ou até mesmo três vezes no mesmo programa”.
Encontro com Belém
Ritchie acredita que sua música tem um envolvimento particular com Belém. Segundo o artista, a mistura das canções tradicionais da cidade conversa muito bem com suas próprias músicas, as quais possuem uma identidade caribenha.
“Gosto muito de tocar em Belém porque é uma cidade muito musical, principalmente por conta do contato com a música caribenha e a indígena, o que resulta numa mistura muito interessante e um estilo musical bem próprio. Acho que minhas músicas fizeram sucesso aí porque algumas delas têm esse toque caribenho também. Pelo Interfone e Só Pra O Vento são dois exemplos”.
O show de Ritchie “A Vida Tem Dessas Coisas” acontece nesta sexta-feira (19), na Assembleia Paraense, às 22h. Os ingressos podem ser adquiridos pela bilheteriadigital.com. Mais informações pelo telefone: 98147-5222
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