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Ricardo Stuckert lança livro com registros de 10 etnias indígenas do Brasil

Em entrevista exclusiva, fotógrafo do Lula fala de projeto solo, relação com o ex-presidente e indicação ao Oscar

Lucas Costa
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Ricardo Stuckert, os olhos por trás de registros do ex-presidente Lula que rodaram o mundo, conta os dias para apresentar o resultado de um trabalho em que traduz o Brasil: o livro de fotografias “Povos originários: guerreiros do tempo” (Tordesilhas Livros), onde reúne registros de 10 etnias indígenas do país.

Stuckert falou sobre o livro, seu processo de construção e histórias de alguns registros em entrevista exclusiva à O Liberal, disponível na íntegra em Oliberal.com (via QRCode). Além do lançamento, o fotógrafo conta ainda sobre a relação com o ex-presidente Lula, com quem trabalha até hoje; histórias de alguns registros icônicos como a famosa “foto da coxa” de Lula, que se tornou um viral; e também relembra a indicação ao Oscar com o documentário “Democracia em Vertigem” (2019).

Ricardo Stuckert

Assista a entrevista na íntegra:

“Quando as pessoas falam que negros, mulheres e indígenas são minoria, elas estão mentindo, porque eles são a maioria desse país”, diz Stuckert, ao defender uma das motivações para o trabalho que deu origem ao seu livro: a de fazer por aqueles que precisam, lição que aprendeu com o tempo ao lado de Lula, figura de quem fala com orgulho.

O trabalho do livro “Povos originários: guerreiros do tempo” começou em 1997, durante a primeira viagem que fez à Amazônia como fotógrafo da revista Veja. Foi nessa oportunidade que Ricardo Stuckert esteve com os Yanomami, um dos maiores grupos indígenas da América do Sul. Ficou fascinado pela riqueza cultural da etnia e também pela sua capacidade de preservar a cultura e tradição milenares. Na aldeia, Stuckert conheceu Penha Góes, uma mulher Yanomami de 22 anos com uma história escrita em um olhar. Nascia ali uma das fotografias mais importantes da sua carreira. 

A imagem da indígena de olhos esverdeados ganhou o mundo, e 17 anos depois, a mesma figura deu o empurrão necessário para que Stuckert embarcasse na missão de registrar comunidades indígenas. 

“Depois de 17 anos eu tive a ideia de fotografá-la de novo[...]. Consegui localizá-la e ela [Penha] disse que estava me esperando”, relembra Stuckert, dizendo que à época, Penha também ficou conhecida na comunidade como “a indígena da foto”.

“Chegando na comunidade, me deparei com uma mulher mãe de seis filhos, enfermeira. Ela estudou enfermagem para trabalhar na comunidade”, conta Stuckert, admirado. “E 17 anos depois eu vejo que poderia ter a oportunidade de fazer um trabalho maior[...]. A história começa com a Penha. Ela que me abriu esse universo tão importante de estar retratando comunidades de povos originários”.

“Povos originários: guerreiros do tempo” é um lançamento da Tordesilhas Livros, e chega às lojas no dia 15 de março. Em edição de capa dura com 280 páginas, o livro já está em pré-venda na Amazon. A publicação também pode ser adquirida no site www.tordesilhaslivros.com.br.

O livro traz na capa um registro histórico, foto que rendeu a Stuckert em 2016 a medalha de ouro na categoria Muscat -Pessoas, no Oman 1st Internacional Photography Circuit, concurso de fotografia que  reuniu participantes de 45 países. A foto premiada, que estampa a capa, também foi dada de presente ao Papa Francisco, um notório defensor dos povos indígenas da  Amazônia.

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