Rancho Não Posso Me Amofiná é rebaixada para o Acesso 1 do Carnaval de Belém
Além do Rancho, também perderam a vaga no grupo principal as escolas Mocidade Olariense, de Icoaraci, e Piratas da Batucada, do bairro do Reduto
A tradicional escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná, do bairro do Jurunas, foi rebaixada para o grupo de Acesso 1 do Carnaval de Belém. O resultado das pontuações das agremiações foi anunciado na noite deste domingo (16/3), na Aldeia Amazônica, no bairro da Pedreira, na capital paraense. Além do Rancho, também perderam a vaga no grupo principal as escolas Mocidade Olariense, de Icoaraci, e Piratas da Batucada, do bairro do Reduto.
Fundada em 1934, a Rancho Não Posso Me Amofiná levou para a avenida o enredo “A História do Mascate Amazônico que se tornou Midas do Norte”, uma homenagem ao empresário paraense Oscar Rodrigues, diretor de um grupo varejista do estado. Neste ano, a escola desfilou com um contingente de 1.600 a 1.800 brincantes, distribuídos em alas que chegaram a reunir até 60 pessoas cada. A ala coreografada do carimbó contou com 35 pares, enquanto outra ala, que trazia uma grande barca, levou 40 integrantes. Entre os destaques do desfile estavam os artistas paraenses Pinduca e Dona Onete.
Outra agremiação rebaixada, a Mocidade Olariense, apostou no enredo “A revolta das Icamiabas: um delírio fascinante em defesa do reino das pedras verdes”, que trouxe para a avenida cerca de 1.200 componentes. Já a Piratas da Batucada apresentou o enredo “O Canto Caboclo da Amazônia”, retratando o misticismo, a herança indígena e africana e a influência da música da periferia.
O rebaixamento do Rancho marca um momento difícil para uma das escolas de samba mais tradicionais do carnaval paraense. A expectativa agora é de reestruturação e planejamento para que a agremiação retorne à elite da folia no próximo ano.