Produtora paraense Adrielle Priscila indica documentários sobre a causa indígena no Brasil

Nascida em Santarém, ela escolheu trabalhar com questões amazônicas

Painah Silva
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No próximo dia 19 de abril comemora-se o Dia dos Povos Indígenas. A Lei promulgada em 2022 instituiu a mudança no nome da data que inicialmente era conhecida como o Dia do Índio. A mudança surgiu com o intuito de explicitar as diversidades das características próprias de cada povo originário e incentivar a busca pelo conhecimento da história desses.

A paraense Adrielle Priscila é produtora de audiovisual e dedica o trabalho para produções amazônicas. Nascida em Santarém, ela afirma que sempre teve uma conexão com o rio e a natureza e isso a impactou de tal forma que a fez querer trabalhar com o assunto. “Eu queria mostrar o meu lugar com um olhar de quem pertence a essa terra, queria contar as nossas histórias, as histórias que meus avós me contavam, assim como outras pessoas daqui”, contou ela. Priscila reflete a importância da conscientização sobre a causa indígena, e de como o período atual é propício para tal fim. “Precisamos que mais pessoas entendam que a nossa luta pela mãe terra não é unitária e sim coletiva. Nós estamos lutando pela permanência da floresta viva, dos rios e animais vivos, mas como também das nossas culturas, que são diversas. Não existe planeta B. Enquanto as pessoas não entenderem e respeitarem a nossa Mãe terra eles vão continuar destruindo pela ganância do dinheiro”, afirmou.

Nesta segunda-feira (17), Adrielle veio ao O Liberal indicar três produções de documentários que abordam a questão indígena no Brasil para o público assistir e se informar.

A primeira indicação da produtora é a websérie “Ãgawaraita”, produzida por ela mesma e disponível no canal no Youtube Tapajowara filmes. A produção conta a história de seres encantados que são transmitidas através do conhecimento popular de indígenas. “As histórias são contadas por indígenas e ribeirinhos da região do baixo tapajós e Amazonas”, disse a paraense.

O segundo documentário indicado é o “Amazônia, a nova Minamata?”, lançado no último ano. O longa aborda a vivência do povo Munduruku na tentativa de conter o impacto negativo do garimpo no território ancestral deles. “[É um] filme que alerta sobre a contaminação de mercúrio, proveniente do garimpo, nos povos indígenas Munduruku. Está sendo exibido em festivais”, afirma ela.

Por fim, Priscila indica “Ga vī: a voz do barro”, que está disponível no Youtube. Em formato de animação, a produção conta histórias dos povos Kaingang, os quais são pertencentes à família linguística Jê e integram, com os Xokleng, os Jê Meridionais. A tradição da cerâmica, do barro e da ancestralidade são mostradas e narradas por Gilda Wankyly Kuita e Iracema Gãh Té Nascimento. As imagens foram gravadas na Terra Indígena Kaingang Apucaraninha, no norte do Paraná.

(*Estagiária Painah Silva, sob supervisão do Coordenador de Conteúdo de Cultura, Abílio Dantas)

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