Podcast 'Só no Brasil' leva humor com notícias bizarras e um toque de 'jeitinho brasileiro'
Apresentado por Victor Camejo e Pedro Duarte, o programa vai abordar com humor diversos crimes reais da história do Brasil
No Brasil, não é raro encontrar notícias que causem riso nos espectadores. Muitas vezes, fatos absurdos e aleatórios presentes em matérias de jornal acabam virando piada e são esses casos particulares que serão apresentados no novo podcast ‘Só no Brasil’, apresentado pelos humoristas Victor Camejo e Pedro Duarte.
O programa, produzido pela Pipoca Sounds, é lançado nesta quarta-feira (10) em todos os serviços de streaming de áudio e tem a ideia de analisar o “jeitinho brasileiro”, presente em alguns crimes reais da história do país. São casos inusitados que chamaram muita atenção e que serão destrinchados com muito humor pelos dois podcasters.
O paraense Victor Camejo explica que o intuito do programa é divertir os ouvintes, comentando as notícias de forma leve e descontraída.
“A ideia é original Wondery (estúdio de podcasts da Amazon), em parceria com a produtora Pipoca Sounds e veio justamente de unir o true crime, que é um gênero super popular hoje em dia no meio dos ouvintes de podcasts, com o famoso jeitinho brasileiro, que deixa qualquer coisa divertida. Assim, nós temos casos de crimes reais, não violentos, mas que transbordam o nosso jeitinho, muitas vezes com trapalhadas e com o absurdo”, afirma.
Ainda de acordo com o humorista, o podcast sempre irá dar destaque para histórias que trazem identificação com os brasileiros.
“Temos privilegiado casos com uma boa história. E uma boa história pra gente, nesse caso, é aquela que tem a cara do Brasil. Que a gente escute e diga: ‘Isso só poderia ter acontecido aqui!’. E que tenham bons personagens como heróis ou anti-herois”, salienta o comediante.
Segundo Pedro Duarte, que também é jornalista e já atuou em diversos podcasts ao longo da carreira, o podcast terá apurações de fontes jornalísticas, mas os apresentadores estarão livres para fazer humor com as bizarrices contidas em cada notícia.
“Já fui editor e gerente de conteúdo de um site de cultura pop, que misturava muito o entretenimento com informação, então pra mim é bem tranquilo, ainda mais porque não tem nada pesado (nas notícias). Temos um pessoal que pesquisa e também temos muitas fontes legais, com pesquisadores de outras áreas, fontes jornalísticas. Então isso enriquece muito, traz o viés jornalístico, que a gente precisa, afinal de contas são histórias reais, e com a base bem feita existe a liberdade de improvisar e criar em cima”, ressalta o comediante.
O humorista salienta que não consegue conter a surpresa com os casos absurdos nas notícias apresentadas, fatos inusitados que estão presentes em todos os episódios, garante o jornalista.
“Todos os episódios tem um fator absurdo que impressiona, a quantidade de reviravoltas, que já começa bizarro e você pensa assim ‘isso aí não é possível que esteja acontecendo de verdade’, e ao mesmo tempo que a gente vai gravando, quando a gente percebe, outra reviravolta, ou seja, ainda não era o fundo do poço, então todos os episódios tem esse fator absurdo, e quando eu termino de gravar e escuto eu penso ‘rapaz isso aí é só no Brasil mesmo, não ia acontecer em qualquer lugar”, comenta Pedro, sem conseguir conter o riso.
Spoiler
O primeiro episódio de 'Só no Brasil’ vai trazer aos ouvintes o caso emblemático do roubo da Chácara do Céu, museu de Santa Teresa, bairro da cidade do Rio de Janeiro. O crime, que ocorreu durante o carnaval de 2006, nunca foi solucionado e resultou no roubo de obras raras como “Marine”, de Monet, “A Dança”, de Picasso e “Jardim de Luxemburgo”, de Matisse.
Já o segundo programa abordará o assalto a um banco que ocorreu em 2011, na Avenida Paulista, e que causou prejuízo de R$ 250 e R$ 500 milhões. O absurdo do caso é que na época, parte das vítimas não prestou queixa à polícia, porque não tinham declarado os bens que foram roubados.
O podcast ‘Só no Brasil’ é produzido para a Wondery pela Pipoca Sound, responsável por projetos de podcasts como Sereno e À Mão Armada. O roteiro e a direção são de Afonso Capellaro e Pedro Sprejer.