Pink Floyd: 'The Dark Side Of The Moon' completa 50 anos; músicos paraenses destacam a relevância

‘The Dark Side Of Tge Moon’ é álbum mais importante não só da banda, mas da história do rock, com 30 milhões de cópias vendidas

Emanuele Corrêa
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O álbum "The Dark Side Of The Moon", da banda britânica Pink Floyd, completou 50 anos no último dia 1º. A icônica capa de um feixe de luz branca atravessando um lado de prisma (triangular) e saindo do outro lado um arco-íris é considerado o álbum mais importante não só da banda, mas da história do rock, com 30 milhões de cópias vendidas. Os músicos paraenses Félix Robatto, Sidney Oliveira e Rui Paiva destacam a importância do disco para a cultura e suas relações pessoais com o disco.

Sidney Klautau é empresário e músico na banda de rock paraense, Álibi de Orfeu. A banda Pink Floyd remete lembranças de quando era adolescente, no Pará. "Minha adolescência nos anos 80, quando eu ouvia o som da banda na praia do maçarico em salinas a noite, contando as estrelas e ouvindo as ondas baterem na areia. Até hoje, músicas como 'The Great gig in The SKY' me emocionam e fazem cair lágrimas dos meus olhos, meus filhos já viram essa cena várias vezes no carro, é automático, basta ouvir a música que os olhos marejam", confidenciou.

image A icônica capa de um feixe de luz branca atravessando um lado de prisma (triangular) e saindo do outro lado um arco-íris é considerado o álbum mais importante não só da banda, mas da história do rock, com 30 milhões de cópias vendidas. (Reprodução / Twitter)

Rui Paiva, professor, advogado e músico da banda Álibi de Orfeu comenta que o álbum envelheceu, mas as músicas continuam atuais e que ele conheceu a banda quando era adolescente. "Conheci o Pink Floyd justamente com o álbum 'The Dark Side of The Moon'. Estava com 11 anos nos anos 70 e tive a oportunidade de ouvir Time na casa de um professor da UFPA que tinha um som incrível. Aquilo foi um impacto pra mim. Já ouvia outras bandas de rock, mas percebi que as ideias eram tão criativas que a música era algo infinito", declarou.

O músico e produtor cultural, Félix Robatto também prestou uma homenagem ao disco, há oito anos. Reunindo 15 artistas paraenses lançou o "The Charque Side Of The Moon". Entre as participações especiais estavam os nomes: Sammliz, Pio Lobato e Guilherme (da banda Cravo Carbono) e Gaby Amarantos, além de Mestre Vieira e o grupo de carimbó Os Baioaras.

"Escuto Pink Floyd desde a adolescência e sempre tentei tocar algumas músicas. Em 2007, conversei com um amigo, o Fabrício Jomar e joguei a ideia de regravarmos o álbum ‘The Dark Side of the Moon’ em gêneros paraenses, pois, na época, éramos da banda La Pupuña e fazíamos misturas de Guitarrada com Rock Progressivo. Resolvemos rearranjar o álbum todo no nosso sotaque musical e demos o nome de ‘The Charque Side of the Moon’, convidamos artistas, tem Gaby Amarantos, Mestre Vieira, Buscapé Blues, Grupo de Carimbó Os Baioaras etc. Confesso que fizemos sem muita pretensão, a ideia era apenas gravar informalmente e jogar no Orkut, que era a rede social da época. Tivemos milhares de comentários e downloads. Até hoje tem gente descobrindo esse álbum”, concluiu.


Música que passa de geração a geração

O músico Sidney Oliveira contou à Redação Integrada de O Liberal que o vinil de "The Dark Side Of The Moon" passou para a filha Yasmin Klautau, de 26 anos. Para ele aconteceu de forma natural, já que a filha cresceu em ambiente musical. "Ela cresceu num ambiente musical, cheio de instrumentos musicais e muito rock, consequentemente bandas como Pink Floyd fizeram parte da trilha sonora da vida dela. Em algum momento da adolescência, ela resolveu bisbilhotar naquele armário que guardava aquelas estranhas bolachas pretas com capas bonitas", arguiu.

"Daí pra frente foi um passo pra perguntar como funcionava o toca discos e começar a ouvir. Então, passou a procurar vinis de bandas que ela já conhecia, foi quando encontrou o 'The Dark side Of The moon', na minha coleção, rapidamente o levou para sua coleção de vinis que na época era basicamente de discos meus que ela resolveu chamar de seus (risos), o fato é que hoje a coleção dela vem crescendo com as aquisições que ela tem feito", completou Sidney.

Questionado se as músicas que compõe e toca tem influência de Pink Floyd, o músico paraense revelou que sim. "Pink Floyd sempre é uma inspiração, uma música provocante, inclusive usamos passagens harmônicas da banda no tributo ao secos e molhados e mutantes, uma espécie de mash up… Ouca a banda! E mal posso esperar pela regravação que está sendo feita pelo Roger Waters e ver o que vai sair de uma releitura desse disco 50 anos depois", finalizou.

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