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Pedro Veriano é homenageado com filme preferido em velório no Cine Líbero Luxardo

O crítico de cinema, que morreu na segunda-feira, será cremado após despedida no Centur

Amanda Martins e Igor Wilson

O crítico de cinema Pedro Veriano, que faleceu aos 88 anos, nesta segunda-feira (06/11),  será sempre lembrado por sua dedicação à sétima arte e pela forma como marcou a vida de seus familiares e amigos. A despedida, realizada no hall do Cine Líbero Luxardo, no Centur, em Belém, ocorreu nesta noite. Para manter acesa a paixão de Veriano, uma das salas exibiu durante a cerimônia o filme A Felicidade Não se Compra”, de Frank Capra, que era o preferido do crítico.

image  (Claudio Pinheiro / O Liberal)

O velório iniciou às 22h e contou com a presença de cerca de 30 pessoas, incluindo familiares e admiradores de sua trajetória cinematográfica. A cerimônia de adeus segue até as 10h desta terça-feira (07), quando Pedro será cremado no Max Domini, em Marituba. Suas cinzas serão levadas para a casa onde foi concebido, na Praia do Farol, na Ilha do Mosqueiro.

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Conhecido também como médico, com o título de Dr. Pedro, ele era descrito por sua esposa, Luzia Álvares, como alguém que tinha “fidelidade” como característica central em sua vida, seja no trabalho com o cinema, nas amizades ou em sua relação com a família e pacientes.

“A fidelidade dele é a ‘fidelidade’ da palavra, dos objetivos em uma cultura cinematografia, em criar uma cultura de amor. Essa fidelidade fazia com que ele tivesse cada vez mais força para continuar no seu processo de criação dos espaços cinematográfico. Fidelidade da palavra, o respeito que eles tinham pelos outros, pelas obras que ele gostava e não gostava. Fidelidade às amizades, não só o amor a família, amor a família, aos pacientes dele”, disse ela. 

O casal ficou junto por mais de seis décadas. Pedro deixa esposa, quatro filhas e dez netos.

Filha de Pedro, Sandra Álvares lembrou que o pai era ‘arte, cultura, vida e alegria’, destacando a maneira como ele envolvia a família na criação de filmes e produções caseiras. “Ele nos deixa o amor pela arte e pela luta pela democracia, principalmente pela democracia na arte”, afirmou.

Ana Cristina Àlvares, outra filha de Pedro, destacou a sensibilidade do pai, que frequentemente se emocionava ao falar de filmes que o tocavam profundamente. Ela descreveu Pedro como alguém ‘muito simples’, que preferia a informalidade e que, para ele, a cerimônia de velório seria algo desnecessário. “Ele dizia que, se pudesse, nem iria ao seu próprio enterro”, contou.

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