Paraense Saulo Duarte lança disco ‘Digital Belém’ com participações especiais
O disco faz uma mistura de ritmos paraenses com batidas eletrônicas, dando um toque de personalidade única para as canções
O cantor, compositor, guitarrista e produtor paraense, Saulo Duarte, lança nesta quinta-feira (18) o seu mais novo projeto musical, o ‘Digital Belém’, um disco totalmente voltado para aos ritmos paraenses, mas que também mistura beats eletrônicos para criar a sua própria identidade.
O quinto álbum de estúdio do artista é carregado de participações especiais, que na visão de Saulo, agregaram ainda mais valor artístico às suas composições.
“O disco tem várias participações, das quais eu me orgulho muito. Larissa Luz cantou em "Labareda", Anaïs Sylla, que é uma cantora franco-senegalesa, cantou em "Um beijo e muito mais", o mestre Aldo Sena gravou em "Onde nasce todo axé", o Russo Passapusso, vocalista do Baiana System, cantou em "Arrepiô" e minha conterrânea Layse cantou no "Brega da Saudade", além do Manoel Cordeiro que gravou algumas guitarras e teclados, da Kika e da MARIETTA que são duas cantoras de São Paulo que gravaram alguns vocais e do Alex Tea, artista norte americano, que gravou harmonia vocal em algumas faixas tb. A lista é longa!”, conta o músico, animado.
O paraense conta que todo o conceito do álbum surgiu a partir de uma conversa que teve com Lucas Martins, produtor musical do disco, e que inicialmente iria trabalhar apenas com o lançamento de singles.
“A princípio eu convidei o Lucas Martins, produtor do disco, pra trabalhar em duas faixas, a idéia seria lançar dois singles, mas quando mostramos pro Russo Passapusso ele soltou esse nome "Digital Belém" que ficou ecoando na minha cabeça, desse título surgiu o conceito do disco e eu fui compondo algumas e trazendo outras que já existiam e que poderiam compor esse universo do disco”, explica.
O uso de elementos eletrônicos nas canções é algo novo no jeito de compor de Saulo, mas ele garante que sempre viu muita beleza nessa mistura, a qual é muito presente nas canções populares paraenses.
“Esse conceito não é algo inédito, o próprio Tecnobrega nasce dessa ideia de usar elementos digitais pra gravar as músicas feitas na periferia de Belém, mas o Lucas Martins foi fundamental nessa provocação de que meus discos soavam mais orgânicos e de que seria legal trazer essa abordagem mais moderna, digamos assim. A gente foi tateando juntos esse conceito e vendo como os arranjos (mais digitais e eletrônicos) soariam nas minhas canções. Dito isso sobre o conceito estético do disco, as canções em si seguem as minhas inspirações naturais, que são meus ídolos, então Bob Marley, Gilberto Gil, o próprio Aldo Sena, a música paraense como um todo, por ai”, relata o cantor.
O músico acrescenta que suas vivências em Belém, ainda na infância, fazem parte da inspiração para suas músicas, assim como o seu modo de vida cigano, o qual ele carrega através das cidades que já viveu.
“Com certeza minha cigania influenciou na feitura desse trabalho, eu costumo dizer que esse disco é um passeio pelas emoções e sensações do terceiro mundo, do ponto de vista de um andarilho que carrega a saudade de casa no coração e o bicho da curiosidade comendo seus pés, exatamente por conta dessa trajetória de ter morado minha infância em Belém (até os 12 anos de idade, mais ou menos), minha adolescência em Fortaleza (até os 18) e de lá pra cá são 17 anos morando em São Paulo, então não tem como não ser influenciado por essa vida cigana.
Sobre o artista
Saulo Duarte é um artista nascido em Belém do Pará que atua como cantor, compositor, guitarrista e produtor musical. Nos últimos 15 anos vem consolidando uma carreira de sucesso na música, que culminou inclusive na conquista do Prêmio da Música Brasileira em duas ocasiões, 2015, como melhor grupo na categoria Canção Popular, com o disco "Quente" (YB Music) e em 2017, como melhor álbum também na categoria Canção Popular, pelo disco "Cine Ruptura" (Natura Musical / YB Music). Por 8 anos esteve à frente do projeto Saulo Duarte e a Unidade com quem lançou três discos, "Saulo Duarte e a Unidade" (2012), produzido pelo renomado produtor Carlos Eduardo Miranda, "Quente" (2014) e "Cine Ruptura" (2016).
O novo disco de Saulo Duarte, “Digital Belém”, está disponível em todas as plataformas de streaming de música a partir desta quinta-feira (18).