Orquestras se apresentam nesta quarta-feira, 25; no Theatro da Paz e na Igreja de Santo de Alexandre
Amazônia Jazz Band e a Orquestra Jovem Helena Maia trazem repertório com destaques paraenses a seus públicos
Aos amante de orquestras na capital paraense, há duas opções de apresentação nesta quarta-feira, 25. A Amazônia Jazz Band (AJB) sobe ao palco do Theatro da Paz para um concerto inédito dedicado exclusivamente à música paraense. Sob a regência do maestro Elias Coutinho, a apresentação intitulada "Nas Trilhas da Amazônia: Música Paraense" trará um repertório exclusivo de composições paraenses, todas rearranjadas especialmente para a big band. Já a Orquestra Jovem Helena Maia se apresenta, também em Belém, às 19h. O grupo leva à Igreja de Santo Alexandre, no bairro da Cidade Velha, um repertório que passa por clássicos da música erudita, canções brasileiras e sucessos da música paraense.
"É a primeira vez que a Amazônia Jazz Band apresenta um concerto inteiro de música paraense. Nosso objetivo é que a Big Band seja conhecida pelo som amazônico, pelo repertório que remete à nossa própria região", explica o maestro Elias Coutinho, ao contar que esse trabalho de valorização do repertório regional tem sido uma das principais diretrizes da AJB nos últimos anos.
O programa da noite inicia com "Indauê Tupã", de Paulo André e Ruy Barata, uma canção gravada em um dos primeiros discos de Fafá de Belém. Em seguida, o público poderá apreciar "Ao Pôr do Sol", de Firmo Cardoso e Dino Souza, que, conforme destaca Elias Coutinho, "é um verdadeiro hino que, mesmo após décadas de seu lançamento, continua sendo cantado por todas as gerações".
Depois, a AJB apresenta "Flor do Grão Pará", de Chico Sena, seguida por "Sinhá Pureza", de Pinduca, e "No Meio do Pitiú", de Dona Onete, ambas com arranjos de Kim Freitas. Na nova roupagem, a sonoridade jazzística se alia às melodias já conhecidas do público. "Não pretendemos fazer algo igual ao que já foi feito, mas sim apresentar ao público uma nova experiência sonora", ressalta Coutinho.
O repertório também inclui "Bom Dia Belém", de Adalcinda Camarão e Edyr Proença, que traduz uma homenagem à capital paraense, e "Esse Rio é Minha Rua", de Paulo André e Ruy Barata, que descreve poeticamente a vida na Amazônia. Para o maestro, "essas músicas falam diretamente com o público, pois representam diferentes facetas do Pará, do cotidiano da capital à vida ribeirinha".
Orquestra Jovem Helena Maia
A apresentação nesta quarta-feira da Orquestra Jovem Helena Maia faz parte da programação do Encontro de Artes de Belém, o Enarte, promovido pela Escola de Música da UFPA. O Encontro oferece ao público uma programação musical dinâmica, além de espaços para troca de conhecimento e experiências entre estudantes e profissionais, até o dia 27 de setembro em diversos espaços de Belém.
A orquestra, que completa 20 anos em 2024, apresenta um repertório que passa por músicas barrocas, clássicos da música erudita e também por canções paraenses. A orquestra é composta por instrumentos de corda como violino, viola, violoncelo e contrabaixo acústico. A mistura de ritmos tem o objetivo de encantar o público que comparecer à Igreja de Santo Alexandre na próxima quarta-feira. Um dos regentes da orquestra, o professor Rodrigo Santana, explica a importância da orquestra como formadora de talentos da música paraense.
"A orquestra Jovem Helena Maia é um ponto de partida. É um celeiro de grandes talentos que podem ganhar o mundo. Muitos dos que passam por aqui se transformam em músicos profissionais. Mas até os que não seguem na carreira, ganham um repertório educacional e cultural muito rico. Pra mim é um trabalho gratificante observar tantos talentos se interessando por música clássica”, conclui o maestro.
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