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Ocupação Paes Loureiro: sarau em Belém nesta quinta (21) amplifica a poesia que pulsa na aldeia

Evento na Casa da Linguagem faz parte de programação comemorativa  dos 85 anos desse autor e reunirá poetas e público para leitura de obras, inclusive, o próprio homenageado

Eduardo Rocha

A Casa da Linguagem, na avenida Nazaré com a avenida Assis de Vasconcelos, no centro de Belém, vai sediar um encontro bem interessante e simbólico nesta quinta-feira, dia 21, a partir das 19h, com entrada franca. Trata-se do Sarau "O que pode o poema?", em celebração aos 85 anos do poeta e professor paraense João de Jesus Paes Loureiro. Ele completou essa idade em 23 de junho último, e, agora, como parte da Ocupação Paes Loureiro - 85 anos, mais de 40 poetas e o público em geral irão ler poemas e se manifestar sobre a obra desse autor. O evento contará, inclusive, com a presença do próprio poeta.

Entre os poetas confirmados estão: Abílio Dantas, Adriano Abbade, Alfredo Garcia, Andreev Veiga, Antonio Juraci Siqueira, Charles Trocate, Cláudia Vidal, Clei Souza, Cris Rodrigues, Dand M, Edgar Augusto, Daniel da Rocha Leite, Edyr Augusto, Harley Dolzane, Jader Freitas, Janete Borges, Jorge Andrade, Josette Lassance, Laura Nogueira, Luciana Brandão Carreira, Marcílio Caldas Costa, Marcos Samuel Costa, Mayara La-Rocque, Michel Amorim, Na Figueredo, Ney Ferraz Paiva, Ondovato, Paulo Nunes, Paulo Vieira, Pedro Vianna, Rafael Serrão, Rita de Cássia, Rita Melém, Renato Gusmão, Renato Torres, Roberta Tavares, Rodrigo Briveira, Rosângela Darwich, Rui do Carmo, Shaira Mana Josy, Telma Monteiro, Thiago Batista, Thiago Kazu, Vasco Cavalcante e Yza Dorian.

A Ocupação Paes Loureiro - 85 anos, iniciada em março, celebra também os 70 anos da produção cultural desse autor na literatura, teatro, cinema, música, dança e cultura popular.  Para isso, conta com oficinas, saraus, colóquio, exposição de fotos, livros e vídeos sobre a vida e a obra do autor, objetivando a difusão e a democratização do acesso à obra e a pensamento de um autor que em sua obra aborda e reflete sobre a Amazônia, suas complexidades e diversidades.

A perseguição e a prisão sofridas pelo escritor durante a Ditadura Militar e o enfoque da "poesia do imaginário" na Amazônia constituem a abordagem da obra de Paes Loureiro pela Ocupação, coordenada por Janete Borges, Marcílio Caldas Costa e Andreev Veiga, com produção de Elaine Oliveira, como projeto selecionado na Lei Paulo Gustavo - 2023.

Eternidade

O poeta João de Jesus Paes Loureiro destaca ao Grupo Liberal que ficou profundamente sensibilizado e honrado com a Ocupação. "Ser homenageado por poetas e pela poesia é maravilhoso", ressalta. Ele conta que faz poemas, "evoluindo a forma, é claro", como pontua, desde os 12 anos de idade, ainda no Grupo Escolar de Abaetetuba onde nasceu. Ele tem mais ou menos, como calcula, 25 livros publicados e com traduções para o Japão, Alemanha, Itália, China, França e lançados em Portugal.

Para Paes Loureiro, " ⁠ser poeta é viver poeticamente a vida", e ser um poeta na Amazônia "é ter uma fonte inesgotável de temas originais daqui somados aos que o mundo oferece". "⁠A poesia é o universo comprimido em poemas. ⁠A poesia é a eternidade vivida em poemas, que nunca são os mesmos a cada vez que os lemos", evidencia. Acerca do tema do sarau desta quinta, "O que pode o poema?", o poeta não titubeia: "O poema pode tudo. Na alma. E quase nada no cofre bancário e no mundo mercantilizado".

O poeta e professor Harley Dolzane atua na Ocupação  e destaca que a Casa da Linguagem é um símbolo de resistência cultural e de enorme relevância para a produção artística. Daí, sediar o evento cultural mobilizando poetas e público. "Loureiro canta sua aldeia e seus aspectos culturais únicos, mas sempre inserindo essa visão em um contexto mais amplo, que reconhece a humanidade como uma grande aldeia composta por diversidades", afirma Harley. 

Serviço:

Sarau "O que pode o poema?"

Ocupação Paes Loureiro - 85 anos

19h de 21 de novembro de 2024

Na Casa da Linguagem

Na avenida Nazaré, esquina com

a Assis de Vasconcelos

Entrada Franca

Cultura