O que é Perrechéologia? Entenda o termo da toada que deve ser um dos hits do Festival de Parintins

A toada foi lançada oficialmente no último domingo, deve ser um dos 'hits' do Festival em 2025 e busca "conceituar" o que é ser torcedor do Boi Garantido. Veja!

Enderson Oliveira
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Em Parintins, onde a cultura se entrelaça com a alma do povo, nos últimos meses nasceu um novo "conceito" que busca traduzir a essência do torcedor encarnado, isto é, do Boi Garantido: Perrechéologia.

Mais do que uma simples palavra, trata-se de um sentimento, um estudo da emoção, a ciência de ser perreché – aquele que carrega no peito a paixão pelo Boi Garantido e pela tradição do Festival Folclórico da Ilha Tupinambarana.

Lançada oficialmente no último domingo (23 de março), a expressão dá nome a uma das grandes toadas do álbum "Boi do Povo, Boi do Povão", composta por Jaércio Curuatá, Bruno Bulcão, Nazira Marques e Alessandra Reis. A toada transforma em versos a vivência dos torcedores que vibram, pulam e se arrepiam ao ver o Boi da Baixa do São José tomar conta do Bumbódromo.

"Tudo depois dessa noite vai ser diferente

Tem sabor Garantido nesse pirão de gente"

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Na lógica de ser perreché, a batucada vibra no peito, os pés seguem o compasso do tambor, e a emoção transborda.

"Foi no tremor batucada do meu boi

Feito criança mergulhado na doçura

Eu vou pra Baixa tomar banho de cultura"*  

Ser perreché não é apenas torcer pelo Garantido, é sentir na pele a intensidade do festival, é saber que cada batida do tambor tem o poder de unir corações, tecendo um tapete encarnado de fantasia e ancestralidade.

"Quando meu boi pula, eu pulo

Quando meu boi gira, eu giro

Corações entrelaçados

Eu vou apofiar com o Garantido, olha o boi..."

A Perrechéologia não se explica, se sente. É o calor da arena, o brilho no olhar, o arrepio ao ouvir o primeiro toque da toada. É um estudo que não precisa de teoria. Apenas de emoção.

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