Carnavalesco paraense Milton Cunha fala de abuso sexual cometido pelo próprio pai

Milton mistura as lembranças de sua origem na Ilha de Marajó (PA)

Bruna Lima
fonte

O carnavalesco parense Milton Cunha, comentarista da TV Globo, em entrevista à editoria TAB do portal UOL, recordou das lembranças de sua origem na Ilha de Marajó e a dificuldade na infância.

"Meus dois irmãos mais velhos, héteros, iam pro jogo de futebol com meu pai. O mais novo não era assumido, ao contrário de mim, que sempre fui para a porrada, com pé na porta. Por isso apanhei muito, era castigo físico todo dia", diz.

Estudou em colégios de freiras, sempre sendo expulso de um e realocado em outro. "Só tinha medo de morrer, medo deles [meus pais] me matarem antes de eu conseguir ir embora. Mata-se muito menino gay no interior, criança viada é um problema para certas famílias. O estudo me salvou. Era bom aluno, mas endiabrado na sala de aula." Seus olhos lacrimejam, mas ele controla a emoção. Fala da convivência em casa com ar de superação.

"Todo dia era uma porrada dos irmãos ou do meu pai. Os dois mais velhos me agrediam muito! O mais novo me chantageava. Eu tinha transado com o vizinho e ele vivia naquilo de 'vou contar'. Foi uma clausura que enfrentei com deboche. Até porque a outra opção era morrer, não tinha negociação." O paraense revela que também sofreu agressões sexuais do pai. "Tinha rolado umas bolinações sexuais na infância, eu me lembro claramente. Era muito criança, no colo, ele sentava na calçada comigo e ficava pegando no meu pau. Só adulto entendi que aquilo tinha conotação sexual."

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Cultura
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA