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Murilo Rosa atende chamado e estreia primeira novela do streaming com personagem inédito na carreira

O ator vive seu segundo trabalho na Warner Bros., mas agora em teledramaturgia que debate ética profissional e amor.

Bruna Dias

O ator Murilo Rosa vive o sucesso do seu personagem Dr. Tomás de “Beleza Fatal”, primeira novela brasileira produzida pela Warner Bros. O cirurgião plástico ético e talentoso viverá o par romântico de uma mulher trans. Sua vida se desenrola entre dilemas pessoais e profissionais.

O artista bateu um papo exclusivo com o Grupo Liberal e falou sobre essa novidade e também sobre os seus mais de 30 anos de carreira. “Quando eu recebi esse convite da Maria de Médicis (diretora), quando ele me ligou eu estava em um parque com meus filhos fora do Brasil, ela disse: ‘Murilo a gente está precisando de você, a gente precisa de um ator com a sua história para abraçar uma atriz que está chegando, para você embarcarem em uma relação amorosa sensível e que possivelmente vai ser muito comentada’. Eu falei: ‘vambora, estou aqui para isso!’. Acho que para mim, como já fiz muitos trabalhos e personagens, estou sempre querendo uma motivação diferente, um assunto relevante e um desafio emocional. Então, acho que esse personagem é difícil, o arco dele é complexo, mas ele tem uma missão”, explica.


O romance entre o Dr. Tomás e Andrea (Kiara Felippe) chegam com muita sensibilidade dos atores, mas cheio de expectativa do público. “O personagem fala sobre amor, afeto, respeito e admiração. É um cara humano, que tem seus erros, seus segredos, mas que tenta dentro daquela casa louca, ele tem uma visão bondosa com o ser humano. Acho que é um personagem bonito, pelo feedback que eu estou tendo, que vai aquecendo cada vez mais”, conta Murilo Rosa, que acrescenta que o Dr. Tomás pode ser o espelho para muita gente, para que as pessoas entendam que o amor e o afeto é a solução é o caminho.

“Esse elenco foi escolhido e se abraçou, da mesma forma que eu e a Kiara a gente se abraçou literalmente nessa emoção de contar essa nossa história junto. Acho que o elenco inteiro teve esse entendimento e essa química. É um elenco muito especial, cada um com a sua conexão com o público, mas quando juntou ficou todo mundo unido e foi muito bonito”, acrescenta.

“Beleza Fatal” estreou há uma semana em toda América Latina, USA e Portugal. Criada e escrita por Raphael Montes, a obra aposta em um formato mais compacto e dinâmico que envolve o público, em 40 capítulos. Os episódios são liberados semanalmente em pacotes de cinco, todas as segundas-feiras. Estão disponíveis, até o momento, os capítulos de 1 a 10.

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“Não posso dizer que o sucesso desse trabalho é uma surpresa para mim, porque eu vinha com essa expectativa. Ele é muito importante. Eu senti isso na minha vida em alguns trabalhos, como: ‘Xica da Silva’, ‘O Cravo e a Rosa’, ‘A Casa das 7 Mulheres’, ‘América’, ‘Araguaia’. Em algumas novelas eu pensei: ‘Cara, a gente está vivendo um momento legal e importante’. Agora, eu tinha expectativas, mas superou. O público está gostando muito e acompanhando. Essa experiência de receber cinco episódios, isso virou uma febre, é muito louco. Confesso que eu estou muito feliz”, confessa.

Murilo Rosa destaca o momento histórico que ele e a Warner Bros estão vivendo. Já que á a primeira vez que a empresa investe em novelas e o ator faz parte do projeto, além disso, esse é o segundo produto que Murilo trabalha dentro da WB. Em 2022, ele comandou o reality show "A ponte: The bridge Brasil", que conquistou o Emmy Internacional Awards 2023, na categoria de melhor reality show.

“Acho que ‘Beleza Fatal’ é uma potência. Estamos em primeiro lugar no Brasil e terceiro no mundo, não é pouca coisa, é um momento relevante. Para a gente é fundamental que dê certo, para a nossa indústria. Nesses mais de 30 anos de carreira, eu passei por vários momentos. Lá atras, na Manchete, trabalhei com Walter Avancini (escritor, autor e diretor de telenovelas), tive a honra de fazer as últimas quatro novelas dele. Na minha opinião, ele foi um dos maiores diretores da televisão brasileira. E dentro da Globo, fiquei mais de 22 anos, acompanhando essa mudança digital para a alta qualidade, de repente, a gente está em uma plataforma de streaming”, relembra.


Murilo Rosa tem mais de três décadas de trajetória artística. Ao longo dessa caminhada, ele coleciona homenagens e prêmios, como destaque no Prêmio Lusofonia 2022 por sua carreira em Portugal, já ganhou também o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Cinema de Los Angeles em 2011, por sua atuação em “Como Esquecer”, e Melhor Ator no Festival de Filmes de Los Angeles em 2009, pelo filme “Orquestra dos Meninos”.

“É uma caminhada. É interessante a gente perceber que já construiu uma história através dos seus personagens. Eu sempre falo sobre isso, que quando montei meu site, coloquei os meus personagens como protagonistas, porque na verdade são eles que conduziram essa carreira”, avalia.

Fã de obras fechadas, com personagens que tem início, meio e fim,  Murilo Rosa se destacou na televisão em produções de grande audiência da TV Globo, entre eles, “Salve-se Quem Puder” (2020); “Orgulho e Paixão” (2018); “Salve Jorge” (2012); “Araguaia” (2010), “Caminho das Índias” (2009); “Desejo Proibido” (2007); “América” (2005); Um Só Coração (2004), “A Casa das Sete Mulheres” (2003); “O Cravo e a Rosa” (2000); “Chiquinha Gonzaga”(1999), Mandacaru(1997) e a memorável novela “Xica da Silva” (1996), da TV Manchete. 

“Eu gosto dessa coisa de obra fechada, acho interessante. A gente fala muito de novela longa como obra aberta, mas eu já fiz muita que não era, onde o autor fez os seus 150 capítulos respeitando a sua história. Eu particularmente gosto de saber que o autor preparou a sua história como ele quis, não foi conduzido com o público. Claro que é bom uma novela ou outra ter nisso, eu inclusive, já me beneficiei muito disso. Mas eu gosto do bom texto, do autor que criou ali seus segredos e ele sabe que o início tem a ver com o meio e o fim. Acho que a gente precisa ter essa possibilidade de mais ousadia, como no streaming, que é uma plataforma que você escolheu estar ali, assim como você assiste a um filme. Acho que a história tem uma ousadia sim, que o público recebe bem, mas é uma novela. Estamos fazendo de fato uma novela com linguagem popular e com entendimento para todas as faixas etárias, mas é uma novela que se comunica bem com o telespectador”, finaliza Murilo Rosa ao falar sobre a experiência de “Beleza Fatal”.

 

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