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Show 'Sabidos Sabiás' faz tributo à obra de Maria Lidia

A cantora santarena divide o palco com Arthur Nogueira, Andréa Pinheiro e Olivar Barreto, na quarta-feira, 28.

Enize Vidigal

Maria Lidia, Arthur Nogueira, Andréa Pinheiro e Olivar Barreto voltam ao palco para revisitar um show realizado pelo quarteto há cerca de 10 anos, em Belém, porém, com o novo propósito de celebrar a obra autoral de Maria Lidia. No show “Sabidos Sabiás: Canções de Maria Lidia”, a cantora santarena que voltou a residir na terra natal, retorna a Belém três anos após a última apresentação. O espetáculo será na próxima quarta-feira, 28, a partir das 20h, no Teatro Margarida Schivasappa, do Centur.

Em 40 anos de trajetória, a cantora, compositora, instrumentista e arranjadora paraense lançou sete álbuns próprios, sendo o mais recente, “Sétimo Sentido”, dedicado ao samba. Ela também lançou o produto audiovisual “Personalidade” com a participação de vários artistas e teve canções gravadas por intérpretes como Fafá de Belém e Nazaré Pereira, no Pará e na França, e Valéria Oliveira, no Japão.

Dirigido por Arthur Nogueira, o show revisita composições de Maria, bem como apresenta a nova safra da artista. “O show inclui tanto canções mais conhecidas, como ‘Mãe Maria’, que ganhou um novo arranjo, e inéditas, como ‘Maria-sem-vergonha’, de onde extraímos o título do ‘Sabidos sabiás’. Há também ‘Excalibur’ e ‘Chave-mestra’, dois sambas do meu disco mais recente, que não pude divulgar mais em Belém por causa da pandemia. Outra inédita que quero mostrar é ‘Onze horas’, que compus em homenagem ao Sebastião Tapajós”, conta Maria Lidia.

No palco, Andréa Pinheiro, que já participou de muitos shows e interpretou canções de Maria Lidia, promete agora revisitar o samba “Furta-cor” e a valsa “Num Desses Dias”. Olivar Barreto, que Maria cita nominalmente no choro “Minha Madrasta” (“um cheiro de chuva no ar / um choro na voz de Olivar”), escolheu o baião “Mercurialismo” e o afoxé “Negra Cunhã”. E Arthur Nogueira vai apresentar “Excalibur”, que Maria fez para ele, e “Carbono”, balada de autoria dos dois.

Para Maria Lidia, a noite promete “um belo e honroso encontro com três grandes intérpretes e amigos musicais”. “Depois que voltei a residir na minha cidade natal, tenho me apresentado em eventos pontuais e também me apresento em espaços e eventos culturais em Santarém, como o Theatro Victória, na Casa da Cultura e na Festa do Çairé. Desde 2017, ela Em 2017, comecei a trabalhar na esfera institucional. Atualmente, exerço o cargo de Chefe da Divisão de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Cultura de Santarém.

“A Amazônia está em evidência culturalmente e também precisamos protegê-la”, destaca Arthur Nogueira ao evidenciar que Maria Lídia é compositora e arranjadora pioneira na região do Baixo Amazonas. “A obra da Maria Lídia é muito atual, profunda e diversificada, composta de vários ritmos, tem samba, baião, balada, valsa... Que essa obra desperte o interesse e sirva de referência às novas gerações. Ela precisa estar no centro da discussão sobre a cultura do Pará e da Amazônia. Algumas canções tem o tom político, como o baião 'Mercuriantilismo' em que ela critica a poluição dos rios com mercúrio”, completa.

O quarteto será acompanhado pelos músicos Diego Xavier (violão e bandolim), William Jardim (violão e guitarra), Jade Guilhon (violino), Leonardo Chaves (baixo elétrico), Felipe Sequeira (baixo acústico), Jacinto Kahwage (piano elétrico), Dan Bordallo (piano elétrico e sintetizador), Márcio Jardim (bateria e percussão) e Tiago Amaral (clarinete), sendo que, além dos vocais, Maria Lidia e Arthur também assumem o violão, e Andréa, o pandeiro. Arthur Nogueira também assina a produção musical ao lado de Leonardo Chaves.

“Sabidos Sabiás: Canções de Maria Lidia” foi contemplado no edital Pauta Livre, da Fundação Cultural do Pará (FCP), do governo do estado do Pará. 

Agende-se:

Show "Sabidos Sabiás: Canções de Maria Lidia”

Dia: Quarta-feira, 28

Hora: 20h

Local: Teatro Margarida Schivasappa (Av. Gentil Bittencourt, 650, Batista Campos)

Ingressos antecipados no Sympla e, no dia do show, na bilheteria do teatro.

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