Rock in Rio: NAVE Amazônica está pronta para decolar
Espaço de 1.500m2 que pode receber até 2 mil pessoas de uma só vez terá a música e obras de artistas da região
Hoje, 2, é dia de dar play no maior festival do Brasil, porém, com um cheiro especial: de Amazônia. O Rock in Rio 2022 começa com uma edição recheada de expectativa, e a NAVE, uma cocriação entre o Rock in Rio e a Natura, vai proporcionar sensações únicas
com sabor, cor e música vindos do Norte do Brasil. Mesmo com o look separado e as melhores expectativas para o retorno deste evento, as imersões com certeza vão dar um ar especial, e o Pará estará lá sendo representado. Na Arena 3 durante os sete dias do Rock in Rio, as sessões da NAVE iniciam às 14h30 com a combinação de experiências audiovisuais, momentos musicais e performance. Os shows presenciais acontecerão nos dias 2, 3, 4, 10 e 11 e os shows virtuais, com conteúdo audiovisual que será projetado na arena olímpica, nos dias 8 e 9 de setembro.
Na terça-feira, 30 de agosto, no evento teste do RIR, internautas, artistas e convidados puderam sentir tudo o que o projeto irá entregar a partir de hoje. “O evento teste foi um sucesso e foi para convidados, mas já tivemos muitas pessoas presente na NAVE, foi emocionante poder ver a materialização desse projeto, ver a quantidade de artistas envolvidos nele, quantidade de imagens, sonoridade e vozes que estão presentes. Foi histórico, eu sinto que a gente está sendo muito abraçado por essa ideia, as pessoas estão realmente entusiasmadas em entrarem e fazerem esse mergulho na NAVE. Acredito que já começamos fazendo história”, disse a paraense Roberta Carvalho, diretora artística da NAVE.
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Muitos artistas passarão por lá, entre eles Fafá de Belém, Mestre Solano, Roberta Carvalho, Aíla, Rafael BQueer, Uyra, Guitarrada das Manas, Nic Dias, Victor Xamã,
Pantera Black, Keila, DJs do Surreal Crocodilo, Nelson De Patrícia Bastos, Suraras do
Tapajós, além dos DJs Will Love, DJ Waldo Squash e DJ Méury. A atração do festival
tem direção artística da paraense Roberta Carvalho e direção musical da também paraense, Aíla, e argumento da Acreana Karla Martins.
“Acho que estamos de fato com um line-up potente, amazônico, com um quantitativo maravilhoso de artistas, produtores, fazedores de cultura, não só os que estão em cima do palco, na exposição, ou aparecendo, mas o que estão por trásdo projeto, porque são muitos amazônidas produzindo para que pudéssemos ter essa grande chegada no RIR. Acho que é um momento histórico, uma quantidade absurda de artistas e acredito que isso entrou para a história do Rock In Rio”, avaliou Roberta.
Unindo música, arte, cheiro, tecnologia, performances e apresentações, a NAVE foi pensada durante dois anos, mas em decorrência da pandemia, o projeto foi adiado. O responsável pela construção da aparelhagem no local foi João do Som, criador das famosas aparelhagens locais, ele é reconhe cido como o “arquiteto” que
constrói as tradicionais esculturas famosas nas festas de tecnobrega do Pará. Com um formato de barco, a aparelhagem remete ao meio de transporte típico dos rios amazônicos, que foi transformado em NAVE para se tornar uma grande festa pulsante e dançante, com referência ao som que nasce nas periferias, a música pop contemporânea e a tradição dos povos originários.
“A gente está desenvolvendo esse projeto conceitualmente há pelo menos dois anos, porém, ele foi ampliado durante esse tempo, e serviu para pensar e fazer esse projeto ficar ainda mais potente. Então, estruturalmente o projeto técnico da NAVE começa em janeiro desse ano e vai até chegarmos aqui na produção. Foram mais de nove meses de desenvolvimento e estruturação material da NAVE. Ela tem cerca de 1500m² de área, que recebe até 2 mil pessoas concomitantemente”, finalizou a paraense.
Em todos os dias do festival, os artistas visuais Denilson Baniwa, Elisclésio Makuxi, Gabriel Bicho, Gê Viana, Keila Sankofa, PV dias, Rafael Bqueer, Roberta Carvalho, Uýra Sodoma e Yaka Hunikuin terão suas obras projetadas de forma imersiva na experiência inédita e multissensorial da NAVE.
“Tem uma série de projeções dentro do espaço de experiência 360, e essas projeções interligam o trabalho de vários artistas visuais. Eu sou um desses. Os trabalhos estarão lá interagindo com o público. Vão ter algumas obras desenvolvidas especialmente para o espaço e outras escolhidas pela diretora artística Roberta Carvalho, animações e pinturas que pensam aspectos visuais da musicalidade caribenha e amazônica. A sensação de poder participar é incrível! É sempre muito bom poder estar com tantos artistas que admiro, falando sobre de onde eu venho, em um festival de proporções tão grandes. É incrível”, antecipou o artista paraense PV Dias (@p.v.d.i.a.s).
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