MENU

BUSCA

Saiba mais sobre o som regional da Amazônia Jazz Band; vídeo

A big band paraense é a única do mundo a tocar os ritmos amazônicos

Enize Vidigal

Neste domingo (30), é celebrado o Dia Internacional do jazz, estilo musical norte-americano nascido no final do século XIX e início do XX. Na Amazônia, o ritmo ganha influências únicas. A principal representante do gênero no Pará, a Amazônia Jazz Band, se diferencia das demais big bands do mundo não apenas pelo uso de instrumentos como o curimbó, sementes, tambor de marabaixo, maracas e caxixis, como pelo naipe inédito de três percussionistas. Esses elementos a tornam a única do mundo a tocar do jazz ao carimbó. “A nossa formação é americana com percussão amazônica”, destaca o maestro Eduardo Lima.

VEJA MAIS

Os instrumentos regionais se conciliam com o conceito de improviso do jazz, segundo Thiago D'Oliveira, um dos percussionistas da orquestra. Ele ressalta que a AJB é a única big band é do mundo com três músicos desse naipe. “Isso permite a gente criar texturas musicais utilizando os ritmos regionais e valorizando a nossa cultura e essência musical. Utilizamos instrumentos como o curimbó, sementes de pequi e jatobá para fazer efeitos de água, apitos para fazer sons de pássaros, tambor de marabaixo, maracas, caxixis e outros”.

“Fora do Brasil, as pessoas amam a sonoridade amazônica, que é única”, completa o percussionista Thiago D'Oliveira.

O sonho da big band

O baterista Babu, um dos integrantes mais antigos, recorda que entrou para a AJB a convite do saxofonista Esdras de Souza, atual marido da cantora Gretchen, que comandava a orquestra, em 2010: “Eles tinham uma apresentação ao vivo para a tevê, mas o baixista não apareceu. O Esdras me ligou e pediu ajuda. Hesitei, pois não tinha ensaiado, mas aceitei e foi uma experiência incrível”.

Para ele, fazer parte da AJB é a “realização de um sonho”. Depois de todos esses anos, a AJB me atrai como no dia da estreia. Eu faço de cada concerto um momento especial, mas alguns superam a expectativa, como os concertos com árias de óperas famosas que fizemos sob a regência do maestro Nelson Neves, os concertos de natal e quando tocamos com Jane Duboc, Leila Pinheiro e músicos convidados”.

Música