Minidocumentário ‘Até aqui’ mostra rotina de músicos em coletividade
Ana Clara, Erik Lopes, Meio Amargo e Naïf apresentam sua convivência e atividades artísticas ao longo de um ano
Disponibilizado no Youtube, o minidocumentário “Até aqui” mostra um pouco sobre a relação das pessoas com a música. O título mostra uma multiplicidade de sentidos desejada pelos artistas, que diante de tantas inspirações, mostram a sua rotina e carreira com uma noção de movimento, além de traduzir, para eles, a ideia de fazer música em qualquer circunstância.
Ao longo dos anos, Ana Clara, Erik Lopes, Meio Amargo e Naïf, artistas que já desenvolviam vários tipos de parcerias criativas, mostram sobre as suas relações com a música.
O grupo decidiu aprofundar o funcionamento colaborativo em um projeto ao longo de 2024. Com esta nova iniciativa, eles uniram as bandas para apresentações conjuntas e para um registro em vídeo desta produção e convivência.
O diretor e editor Erik Lopes explica que o grupo “trabalha colaborativamente bem, fazendo com que os projetos de todos fiquem ainda mais interessantes”.
O fruto dessa jornada é o minidocumentário que realiza uma abordagem poética sobre a relação de cada um dos integrantes com a música, mesclada ao acompanhamento de ensaios e de shows em Belém e Capanema. Além disso, tem ainda uma gravação ao vivo de faixas de cada banda em Mosqueiro. Os próprios músicos captaram os vídeos e áudios, contando com a parceria do também artista Camillo Royale no suporte técnico das atividades.
“O mais difícil foi selecionar dentro de uma quantidade tão grande de material filmado. Porque fizemos tudo de uma forma bem colaborativa, com todos os integrantes também filmando esses nossos encontros. Então a maior parte desse trabalho foi reunir todo esse material gravado para selecionar o que ia entrar no filme”, explica o editor.
Como citado, ao longo de um ano, foram registrados ensaios, reuniões de planejamento e também encontros dos personagens.
“Eu acho que o filme todo foi muito pensado pra valorizar como a gente é como um grupo de pessoas”, pontua Erik Lopes Segundo ele, são pessoas bem diferentes, que, juntas, conseguem criar e construir coisas maiores do que na atuação individual. “O filme tem essa ideia de reforçar uma construção coletiva que é como a gente é como grupo”, resume.
Esse direcionamento se manifesta na costura do minidocumentário através da estrutura organizada por depoimentos de cada integrante. “São depoimentos soltos, mas a narrativa só existe quando esses depoimentos estão juntos”, explica Erik.
A trilha sonora também acentua essa ideia, com os instrumentos de cada músico aparecendo isoladamente durante suas falas e depois surgindo junto com os demais elementos das faixas tocadas. Para Erik, o filme “é uma reflexão sobre como individualmente somos partes de um todo que, trabalhando junto, fica muito mais forte, interessante, criativo”.