Mariah Carey em Belém: definição do horário do show no Combu ainda é um desafio
Vice-presidente da Rock World fala sobre desafio de alinhar natureza e espetáculo no evento 'Amazônia Para Sempre'
Com a apresentação histórica de Mariah Carey marcada para 17 de setembro, nas águas do Rio Guamá, em Belém, como parte do evento "Amazônia Para Sempre", a organização do espetáculo lida com um desafio curioso: como harmonizar a grandiosidade da natureza com a complexa estrutura de uma transmissão ao vivo em nível nacional.
Em entrevista exclusiva ao O Liberal, Roberta Medina, vice-presidente de reputação de marca da Rock World — empresa responsável pelos festivais The Town, Rock in Rio e Lollapalooza Brasil — compartilhou bastidores da produção e revelou que até mesmo o pôr do sol está sendo considerado como peça central da narrativa.
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“Esse tem sido um dos nossos desafios, que é que a gente precisa fazer com luz do dia uma parte importante do espetáculo, mas como é que controla? Tem uma coisa muito bonita que a gente chama de natureza”, comentou Roberta.
A escolha de um cenário natural como palco do show traz também imprevisibilidades. “Se chove, se venta, a gente tem que estar preparado para lidar com o que tiver, com o que a natureza estiver trazendo para a gente.”
A ideia é encontrar um equilíbrio entre o fim da tarde e a noite, para valorizar tanto a iluminação natural quanto os efeitos especiais. “A tentativa é pegar os dois, é pegar o fim do dia e o pouquinho de noite para poder ter o melhor dos dois mundos”, explicou.
Outro ponto de destaque é a participação de grandes nomes da música paraense, como Dona Onete, Gaby Amarantos, Joelma e Zaynara, reforçando o protagonismo amazônico na produção. “A gente entende a importância, de novo, para mostrar uma floresta forte. A gente entendeu através de conversas com especialistas”, pontuou Roberta, ressaltando que a narrativa do espetáculo foi construída com base em trocas e escuta ativa com vozes locais.
“A gente quis trazer a cultura local como voz. Sempre ficou muito claro que era fundamental. E com essa força do feminino, que foi uma coisa que foi ficando sempre, a cada visita, a cada conversa… mostrar a cultura local e uma Amazônia feminina forte era muito importante”, destacou.