Gigi Furtado lança o álbum 'Kizomba'

O disco de faixas inéditas traz composições de paraenses como Arthur Espíndola, Sol Ferreira, Juliana Sinimbú, Dudu Neves, Ronaldo Silva e Renato Rosas. E também a contribuição luxuosa de Paulo César Pinheiro e de Márcio Alexandre (Fundo de Quintal).

Enize Vidigal O Liberal

“Kizomba” é o álbum que a cantora paraense Gigi Furtado lança nesta quarta-feira, 15, nas plataformas digitais e que apresenta ao público em show presencial no Teatro do Sesi, logo mais, a partir das 20 horas, com ingressos gratuitos. É um disco de estreia, pode-se dizer, para uma veterana com 20 anos de trajetória musical que dispensa apresentações. Mas, sim, é a estreia de uma artista que se apresenta pela primeira vez como compositora – Gigi assina uma faixa do disco em parceria com Arthur Espíndola – e que se forja no registro fonográfico como uma elegante intérprete que dialoga com diferentes públicos sem perder a força e o encanto de artista mulher preta da Amazônia.

Ouça aqui.

Gigi Furtado foi buscar no idioma africano quimbundo o nome do recado que pretende enviar ao público com o primeiro álbum de carreira. Kizomba significa “encontro”, “festa” e “confraternização”.

“Esse disco me representa. Eu falo de amor, falo de saudade, sinto a minha avó, falo de empoderamento... Ele me representa muito. É um presente na minha vida e um presente para todos aqueles que acompanham o meu trabalho há muito tempo. É um divisor de águas na minha vida e carreira”, comemora Gigi Furtado.

Ao longo de dez faixas, Gigi passeia pelo samba tradicional, partido alto, samba funk, ijexá, jongo e canções mais lentas, como a emocionante “Aqueles Olhinhos”, letra da cantora em homenagem à saudosa avó Dolores, que a artista gravou entre lágrimas.

No show de apresentação de “Kizomba”, a artista concretiza o recado do álbum, confraternizando com o público as novas canções de trabalho. Se kizomba é festa, por outro lado o projeto reafirma a força da resistência cultural em faixas sobre saudade, amor e empoderamento feminino. O show terá as participações de Jeff Moraes, Arthur Espíndola, Ester Sá, Azul Literal e Renato Rosas.

“Esse álbum é uma forma de confraternizar com o público, é uma forma de abrir a casa, de agradecer por todos que me prestigiaram durante todo esse tempo”, comemora Gigi Furtado. “O mais bonito desse lançamento é estar cercada de amigos. Estou muito feliz”, completa.

Álbum e compositores de peso

Os ritmos afroamazônicos são evidenciados pela percussão característica embalada pela sofisticada voz de Gigi, com arranjos e regência de Ígor Nicolai e a direção artística e produção musical do sambista Arthur Espíndola.

O álbum traz a contribuição valiosa de Paulo César Pinheiro, um dos grandes compositores da música popular brasileira, que autorizou a reinterpretação de “Artifício”, clássico dele em parceria com Mauro Duarte que foi sucesso nas vozes de Clara Nunes – então, esposa de Paulo César – e Roberto Ribeiro. A gravação de Gigi teve a participação da cantora espanhola Irene Atienza e virou a faixa bônus do projeto, ou seja, é a única música de “Kizomba” guardada para lançamento posterior.

Outro compositor de fama nacional é Márcio Alexandre, vocalista do Fundo de Quintal e um dos grandes nomes do samba, que assina as inéditas “Preta” e “Desejo”, sendo a primeira faixa em parceria com Vinnye Zero e a segunda, com Fadico e Marcelinho Moreira, outro grande nome do samba.

Arthur Espíndola também trouxe músicas inéditas ao disco, com destaque a “Eu falei de você pra Deus”, fruto da parceria dele com Juliana Sinimbú, que Gigi convidou o sambista para gravar em duo Outras músicas dele em “Kizomba” são "Ijexá" e "Jongando", sendo a segunda em parceria com Dudu Neves. Sol Ferreira é autora da faixa-título, enquanto Ronaldo Silva e Renato Rosas assinam "Navio gaiola".

Álbum

“A Gigi é uma artista que admiro há muitos anos. Estou sempre nos shows e sou amigo dela. Fiz esse trabalho com muito amor, como se fosse pra mim. A gente conseguiu um resultado maravilhoso que ficou com a cara da Gigi. É um disco extremamente elegante e com alto poder de comunicação com vários tipos de público, pois têm letras de fácil assimilação e outras mais rebuscadas”, descreve Espíndola.

Na gravação do álbum, Gigi Furtado foi acompanhada pelos músicos Edgar Matos (piano), Paulo Robson Araújo (violão), Alexey Moreira (baixo), Ricardo Jardim (percussão) e Tiago Belém (bateria), além dos convidados Lucas Santiago (violoncelo), Carla Prist (violino), Valéria Dias (viola) e Neném Silva (guitarra).

O álbum foi realizado com emenda parlamentar do então deputado federal Edmilson Rodrigues, e da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Ingressos

Os ingressos podem ser retirados no dia do evento, na bilheteria do Teatro do Sesi, a partir das 9 horas da manhã. É necessário apresentar a carteira de vacinação comprovando a imunização completa e usar máscaras no interior do teatro.

O show tem a direção musical de Paulo Robson Araújo, a direção artística de Jeff Moraes, a direção-geral da própria Gigi Furtado e a produção de Sandro Santarém da Samel Produções.

No palco, Gigi será acompanhada pelos músicos Edgar Matos (piano), Paulo Robson Araújo (violão), Alexey Moreira (baixo), Cristian Brandão (violoncelo), Bruno Mendes (percussão) e Tiago Belém (bateria).

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