Gal Costa lança duetos com Criolo e Tim Bernardes

Singles fazem parte do projeto “Gal 75”

Redação integrada
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O ano começa com duas novidades do projeto que leva o título provisório de “Gal 75”. Desde novembro de 2020, o ícone da música brasileira Gal Costa vem lançando nas plataformas digitais, pela Biscoito Fino, pares de singles gravados com artistas de diferentes gerações. Nesta sexta-feira, 8 de janeiro, foi a vez dos convidados Criolo e Tim Bernardes lançarem canções com Gal. Com direção artística de Marcus Preto, os singles trazem novas leituras para duas canções que marcam a discografia da artista.

Criolo divide com Gal os vocais de “Paula e Bebeto”, lançada originalmente no álbum “Água viva” (1978), primeira parceria de Milton Nascimento com Caetano Veloso. Também foi Milton quem estreitou as relações de Criolo com Gal graças a canção “Dez Anjos”, parceria de Bituca com o rapper paulista gravada pela cantora no álbum “Estratosférica”, de 2015. 

Sobre o convite para o projeto, Criolo comenta: "Ter a oportunidade, mais uma vez, de participar de um disco da Gal, é uma honra muito grande para mim. Tive a felicidade de ter uma parceria minha e do Milton, feita sob medida e com muito carinho para a Gal, gravada no álbum “Estratosférica”. Eu me sinto muito honrado e agradeço a ela, sempre, e ao Milton, sempre. Me sinto com o coração transbordando de gratidão por essa oportunidade. E está lindo, viu?".

Tim Bernardes redescobriu com Gal novas nuances para “Baby”, lançada no álbum “Gal Costa” (1969), mais um clássico de Caetano Veloso. A relação de Gal com a obra do músico, compositor, produtor musical e multi-instrumentista paulistano vem do álbum “A Pele do Futuro” (2018), no qual a cantora incluiu o ijexá “Realmente Lindo”, primeira canção de Tim Bernardes gravada por ela. 

Sobre o dueto com Gal, Tim Bernardes escreveu: “Conhecer a Tropicália no pique da minha adolescência, tocando, começando banda, foi um estouro na minha cabeça. Uma quantidade de informação, sonoridade, ideia, musicalidade, liberdade que realmente me mudou e me soltou. E no meio daqueles discos todos, a Gal foi amor à primeira ouvida. A classe e clareza no jeito que ela canta, os contrastes, o berro e o sussurro. A emoção e a energia, uma riqueza, uma exuberância... aquela síntese de tantas coisas que eu identificava no som tropicalista parece que tinham uma super-síntese, uma pérola, na voz da Gal. Eu já tinha caído pra trás quando essa ídola minha gravou a minha canção "Realmente lindo". Então, gravando "Baby" juntos eu bati no fundo da terra, na lua e voltei. É uma loucura. Uma alegria e honra que não dá pra explicar. I love you, baiana”, disse.

“Gal 75”, próximo projeto de estúdio de Gal Costa, ganhará edições no formato físico - LP e CD - em fevereiro, pela gravadora Biscoito Fino. Em ordem alfabética, os dez artistas convidados são: Criolo, Rubel, Rodrigo Amarante, Seu Jorge, Silva, Tim Bernardes, Zé Ibarra e Zeca Veloso; o português António Zambujo e o uruguaio Jorge Drexler completam a lista.

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